Fernando Brito, Tijolaço
"A pesquisa Datafolha divulgada hoje tem um dado muito mais significativo do que os que são destacados na manchete ” Datafolha mostra que 68% responsabilizam Dilma por corrupção” ou a de que nem o episódio de corrupção ocorrido na Petrobras e, sobretudo, nem a intensa campanha acusatória na mídia foram capazes de ferir mortalmente a popularidade da Presidenta Dilma Rousseff na opinião pública.
Dos cerca de 80% que deram opinião, os 46% que crêem que seu governo foi o que mais investigou e os 40% o que mais puniu representam a maioria dos que têm algum julgamento formado. E revela que, apesar do massacrante noticiário e da revelação de fatos seríssimos, não se repete o mesmo convencimento sobre a “quantidade” de corrupção.
Imaginem se a “privataria tucana” tivesse tido um volume e um tom na mídia assemelhado a este, o que teríamos?
A tal “responsabilização” da manchete é uma exploração cavilosa e que se presta mais à campanha de desestabilização do governo eleito que a qualquer outro sentido.
Tanto que, há meses, tenta exercê-la, pedindo que se liberem à Presidência as informações obtidas no processo de investigação judicial para que, com elas, possa punir quem eventualmente ainda esteja na empresa ou no Governo.
Porque um governante não pode ir mais fundo neste processo sem conhecer quem é acusado, de que é avisado e o que há de concreto na acusação, mesmo como indício.
Quando se cobra uma postura mais agressiva do Governo diante do caso, é exatamente isso o que se quer dizer.
Só isso mostra a politização daqueles que deveriam conduzir este processo com isenção: a Veja pode receberas informações “sigilosas”, mas a suprema mandatária da Nação, não.
O resto é puro partidarismo midiático.
Tanto que, sem medo de incorreção e muito além de qualquer “margem de erro” possível, a pesquisa poderia ser anunciada como “Brasileiro acha que corrupção nunca foi investigada e punida como no Governo Dilma”.
Mas não é combater a corrupção o que se pretende, é combater a vontade popular expressa na eleição e carregar as nuvens de tempestade da economia para manter o governo eleito como refém.
Não é só roubando dinheiro público que se comentem crimes contra o povo brasileiro."
Nenhum comentário:
Postar um comentário