"Pesquisa revela o tamanho da paranoia dos norte-americanos: 53% acreditam que podem ser vítimas de ataque terrorista. No entanto, em 2013 até mordidas de cachorro mataram mais nos EUA que terrorismo. Confira outras cinco
Zaid Jilani, Alternet. Tradução: Vinicius Gomes, Revista Fórum
Mas enquanto o medo do terrorismo aumentou, o fato é que poucos norte-americanos são feridos ou mortos por atos terroristas e os EUA acionaram o alerta de ameaça terrorista além do proporcional.
Na realidade, em 2013, mordidas de cachorro mataram mais nos EUA do que terrorismo – com 32 fatalidades, de acordo com a ONG DogBites.org, comparando com as oito mortes por ataque terrorista dentro dos EUA e dezesseis mortes no exterior. Outros cinco causas que se mostraram mais fatais aos norte-americanos no passado estão listados abaixo:
1. Crianças por gripe: A “estação” de gripe entre 2012 e 2013, o Centro de Controle de Doenças (CDC, sigla em inglês), registrou 149 mortes infantis.
2. Mulheres no parto: Pesquisadores que escreveram no jornal médico The Lancetestimaram que cerca de 800 mulheres morreram durante o parto, fazendo com que mortalidade materna seja três vezes maior do que no Reino Unido.
3. Acidentes de trabalho: De acordo com a Administração de Saúde e Segurança Ocupacional, “4.405 trabalhadores morreram em acidente laboral, cerca de 85 mortes por semana e mais de 12 todos os dias”.
4. Armas de fogo: Em 2013, mais pessoas morreram todos os dias por violência com armas do que por terrorismo – com cerca de 30 pessoas sendo mortas a tirostodos os dias. A maioria foi suicídio.
5. Acidentes de trânsito: Apesar de acidentes fatais no trânsito terem caído em 2013, o Conselho de Segurança Nacional estimou que 35.200 norte-americanos morreram em acidentes de carro.
Isso não significa que não se deva responder à ameaça ao terrorismo, mas os EUA devem manter seu escopo de perigo em perspectiva. Fazendo isso, permitiriam que o governo focasse nas verdadeiras ameaças ao bem-estar de sua população, como melhorar a segurança dos trabalhadores, no trânsito e iniciativas de saúde pública que de fato salvariam vidas."
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