"A ideia de associar o número do PSDB à nova novela não representará nenhum reforço substancial à candidatura tucana. Mas será mais um argumento fortíssimo em favor dos que entendem a mídia como um partido político
Luis Nassif, GGN / Pragmatismo Politíco
Quando a Globo lançou a novela sobre tráfico de crianças, o jornalismo foi acionado para uma série de matérias sensacionalistas sobre adoção.
Quando as eleições entram em jogo, o grupo age sincronizando todas as pontas, criando vilões que lembram os adversários, mocinhos que emulam os aliados.
À medida em que as informações e as discussões sobre mídia avançam pelas redes sociais, e que o conceito e o papel dos grupos de mídia viram foco de discussão, o uso reiterado dessas jogadas apenas ajuda a reforçar os argumentos dos críticos da mídia.
É como se houvesse um laboratório online, no qual práticas seculares anacrônicas pudessem ser dissecadas ao vivo e em cores.
Em tempos de concentração maior de mídia, falava-se muito na propaganda subliminar, os merchandisings, utilizados para jogadas comerciais.
Quando entra-se no campo eleitoral, o jogo é dúbio.
Tome-se essa besteira da Globo, de associar o nome da novela ao número 45 do PSDB
Quando o espírito das diretas tomou conta do Brasil, a maior preocupação de Evandro Carlos de Andrade e Roberto Marinho era tirar o estigma da emissora, de ser contra a democratização
Depois que o estilo Murdock surgiu, deixou-se de lado toda a prudência e decidiu-se tomar partido de uma forma escancarada.
A ideia de associar o número de PSDB – 45 – à nova novela não representará nenhum reforço substancial à candidatura tucana. Mas, sem dúvida, será mais um argumento fortíssimo em favor dos que entendem a mídia como um partido político."
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