Reservatório Jacareí, em Piracaia, está com apenas 3% de seu volume útil; Sistema Cantareira tem apenas 10,7% |
Diego Sartorato, RBA
O Grupo Técnico de Assessoramento da Gestão do Sistema Cantareira (GTAG), integrado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) e pelas entidades municipais e regionais das regiões abastecidas pelo Cantareira, divulgou hoje (30) o sexto comunicado sobre a situação do Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de 8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e outras 3 milhões no interior, que encontra-se com apenas 10,7% de sua capacidade. De acordo com o texto, o cenário mais negativo projetado pelas agências se confirmou e o volume útil do reservatório deve secar até o final de julho deste ano.
Em comunicado conjunto, ANA e DAEE reduziram o máximo a ser retirado do sistema entre 1º e 15 de maio para 25 mil litros por segundo, 22 mil para a região metropolitana e 3 mil para o interior. Antes, a Sabesp podia bombear até 30 mil litros por segundo do sistema, 27 mil para a capital e os mesmos 3 mil para o interior. Novas revisões desses valores passarão agora a ocorrer de forma quinzenal.
O comunicado do Grupo de Acompanhamento obriga ainda a Sabesp a criar uma meta de quanta água consegue preservar no Cantareira até 30 de novembro deste ano, prazo no qual o Sistema Cantareira pode chegar a estar 100% esvaziado. O objetivo dessa exigência é evitar que toda a água do volume morto seja utilizada até a próxima época de chuvas, quando a estiagem que prejudicou o abastecimento no estado pode ou não continuar.
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