Um amigo querido, Carlos Faraco, com formação linguística, autor de livros didáticos de Língua Portuguesa e Gramática, fez análise de discurso pra desconstruir a narrativa caluniosa e de má-fé sobre a fala de Lula. Reproduzo sua análise e informo, ele não é eleitor do PT:
Por Carlos Faraco, via mailQuem ouve com a mínima atenção, observa que ele não renega coisa alguma.O ex-presidente apenas afasta da conversa (“não se trata de gente da minha confiança”) o dado “gente da minha confiança”, que não cabia no desenvolvimento do raciocínio que ele estava para concluir e que a entrevistadora interrompeu.Como aconteceu no dia a dia com todos nós em nossa comunicação, por exemplo:“– Paulo, no seu testamento você não pode se esquecer de colocar seu filho único, que….”– Não, não. “Não se trata” de meu filho único, trata-se de pensar na divisão correta dos bens.”Obviamente, no exemplo anterior não se pode afirmar que o pai rejeitou o filho ou vai tirá-lo do testamento. Ele apenas quis dizer que para o raciocínio dele não importava esse dado. Fim.Foi nessa dinâmica argumentativa, sem sombra de dúvida, que Lula fala “não se trata de gente da minha confiança”.A interpretação pretendida, para incriminar Lula, neste caso está completamente fora de cogitação. As ilações sobre o caráter dele, construídas a partir dessa interpretação enviesada, são gratuitas e não deveriam se compartilhadas, porque são injustas.
http://mariafro.com/2014/04/29/o-jogo-sujo-de-tirar-texto-de-contexto-na-fala-de-lula-sobre-o-julgamento-do-mensalao/
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