Fernando Brito, Tijolaço
"As grandes ideias são assim.
Ficam dias, meses, anos brotando, despercebidas dentro da cabeça e, uma hora, saem parecendo – e sendo – um improviso.
O lateral Daniel Alves comer a banana ofensiva que lhe atiraram foi uma destas, genial porque não premeditada.
E deu margem a transformar em fato o que muita gente não percebe.
Que a Copa no Brasil é a oportunidade de nosso país servir de símbolo para algo muito além de ser o “país do futebol”.
Para ser o país da miscigenação, para cá e para o mundo.
Daniel Alves percebeu isso melhor do que ninguém, na hora e depois.
Reclamou da punição ao torcedor que arremessou a banana, que foi desligado do quadro social do clube Villarreal.
Nada disso, disse ele.
Disse que achava melhor publicarem a voto e fazê-lo passar a vergonha diária por seu ato.
“Pudesse pegaria a foto e colocaria publica só para envergonhar, banir não é solução. Estaria pagando mal com mal, tem de educar as pessoas e não tentar banir ele do futebol”.
Alves mostrou-se mais consciente que grande parte da pseudamente letrada elite brasileira, que continua achando que os estrangeiros nos são superiores.
““11 anos sofrendo a mesma coisa, primeira vez que jogaram a banana. Sem dúvida nenhuma, eles vendem (a Espanha) como país de primeiro mundo e bastante evoluído, mas evoluídos em um certo tipo de coisa, em outros estão atrasado. Preconceito ou é com estrangeiro ou com cor. Aconteceu com outros companheiros que pensaram em abandonar jogo. Preocupação deles é mais com quem vem de fora do que com uma cor. Acho que não deveria acontecer, até porque o brilho, algo que amam tanto, o futebol quem dá a maioria das vezes são estrangeiros. Deveriam estar agradecidos de nos ter aqui”
Se o Brasil quiser fazer algo de bom, é aposentar o tal Fuleco e trocar o mascote da Copa por um macaco devidamente embananado.
Afinal, para desespero da elite branca fundamentalista, que crê ter sido gerada num laboratório celestial superior e nega até mesmo a evolução de Darwin,#somostodosmacacos.
Já usaram o “marketing” para tanta porcaria, porque não usar para uma coisa boa, a ridicularização do que é ridículo: a discriminação de seres humanos?
Quem sabe a Presidenta Dilma, que enxergou com muita sabedoria o significado do gesto de Alves e disse que o Brasil “levanta a bandeira do combate à discriminação racial” mande esta turma de marqueteiros meia-boca agarrarem este episódio e transformar esta Copa, de fato, na Copa das Copas, fazendo o que o negro Jesse Owen fez nas Olimpíadas de 1936, vencendo prova após prova diante de um Hitler furibundo?
Quem sabe a gente faça um Castro Alves tropicalérrimo?
Porque se achamos que a Copa é um momento de fraternidade , de igualdade, de encontro entre os povos do mundo, o que de melhor ela pode deixar como legado do que ajudar a abolir a praga do racismo, que faz mais de cem anos que a gente vem tentando eliminar?"
"As grandes ideias são assim.
Ficam dias, meses, anos brotando, despercebidas dentro da cabeça e, uma hora, saem parecendo – e sendo – um improviso.
O lateral Daniel Alves comer a banana ofensiva que lhe atiraram foi uma destas, genial porque não premeditada.
E deu margem a transformar em fato o que muita gente não percebe.
Que a Copa no Brasil é a oportunidade de nosso país servir de símbolo para algo muito além de ser o “país do futebol”.
Para ser o país da miscigenação, para cá e para o mundo.
Daniel Alves percebeu isso melhor do que ninguém, na hora e depois.
Reclamou da punição ao torcedor que arremessou a banana, que foi desligado do quadro social do clube Villarreal.
Nada disso, disse ele.
Disse que achava melhor publicarem a voto e fazê-lo passar a vergonha diária por seu ato.
“Pudesse pegaria a foto e colocaria publica só para envergonhar, banir não é solução. Estaria pagando mal com mal, tem de educar as pessoas e não tentar banir ele do futebol”.
Alves mostrou-se mais consciente que grande parte da pseudamente letrada elite brasileira, que continua achando que os estrangeiros nos são superiores.
““11 anos sofrendo a mesma coisa, primeira vez que jogaram a banana. Sem dúvida nenhuma, eles vendem (a Espanha) como país de primeiro mundo e bastante evoluído, mas evoluídos em um certo tipo de coisa, em outros estão atrasado. Preconceito ou é com estrangeiro ou com cor. Aconteceu com outros companheiros que pensaram em abandonar jogo. Preocupação deles é mais com quem vem de fora do que com uma cor. Acho que não deveria acontecer, até porque o brilho, algo que amam tanto, o futebol quem dá a maioria das vezes são estrangeiros. Deveriam estar agradecidos de nos ter aqui”
Se o Brasil quiser fazer algo de bom, é aposentar o tal Fuleco e trocar o mascote da Copa por um macaco devidamente embananado.
Afinal, para desespero da elite branca fundamentalista, que crê ter sido gerada num laboratório celestial superior e nega até mesmo a evolução de Darwin,#somostodosmacacos.
Já usaram o “marketing” para tanta porcaria, porque não usar para uma coisa boa, a ridicularização do que é ridículo: a discriminação de seres humanos?
Quem sabe a Presidenta Dilma, que enxergou com muita sabedoria o significado do gesto de Alves e disse que o Brasil “levanta a bandeira do combate à discriminação racial” mande esta turma de marqueteiros meia-boca agarrarem este episódio e transformar esta Copa, de fato, na Copa das Copas, fazendo o que o negro Jesse Owen fez nas Olimpíadas de 1936, vencendo prova após prova diante de um Hitler furibundo?
Quem sabe a gente faça um Castro Alves tropicalérrimo?
Porque se achamos que a Copa é um momento de fraternidade , de igualdade, de encontro entre os povos do mundo, o que de melhor ela pode deixar como legado do que ajudar a abolir a praga do racismo, que faz mais de cem anos que a gente vem tentando eliminar?"
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