quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Não deu no Jornal Nacional: líder comunitária afirma que 10 deputados propuseram-lhe vender emendas


Promotor diz que depoimento de Tereza Barbosa confirma que há práticas ilícitas na Alesp

Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

A presidenta do Centro Cultural Educacional Santa Terezinha, Tereza Barbosa, afirmou em seu depoimento ao Ministério Público de São Paulo, nesta segunda-feira (21), que aproximadamente dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa paulista sugeriram condicionalidades irregulares para indicação de emendas parlamentares à sua entidade.

O nome da líder comunitária surgiu durante o depoimento do deputado Major Olímpio (PDT), que indicou Dona Terezinha, como é chamada, como uma das conhecedoras do esquema denunciado por Roque Barbiere (PTB), afirmando que de 25% a 30% dos legisladores vendem sua quota de emendas parlamentares em troca de parte dos recursos.

O promotor que acompanha o caso, Carlos Cardoso, contou à Rede Brasil Atual que Dona Terezinha confirmou o funcionamento do esquema na Alesp.

“Ela solicitou a muitos deputados estaduais que patrocinassem emendas para financiar as atividades dessa entidade que ela preside. Uma parte desses deputados não atendeu ao pedido porque ela não tinha nenhum vínculo de natureza eleitoral com eles, e uma outra parte, por volta de dez deputados, condicionaram o apoio à entidade dela a uma eventual transferência de parte desses recursos para ONGs que eles indicariam, sob a argumentação de não possuir a documentação exigida para esses convênios, ela achou estranho e acabou não aceitando”, falou Cardoso.

Ele garantiu que nenhum nome foi revelado pela comunitária. No entanto, o relato dela trouxe avanços para as investigações. “Isso confirma que há, de fato, uma prática pouco ou nada lícita dentro da Assembleia por parte de alguns parlamentares, que manipulam essas emendas, sem transparência e com propósito ilícito”, garantiu o promotor.”
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