quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Governo português propõe acabar com feriados religiosos; igreja reage




Dom Policarpo impôs condição para
que haja extinção de dois feriados
O ministro de Portugal Álvaro Santos Pereira, da Economia, está propondo acabar com feriados religiosos como uma das medidas de combate à recessão.
A Igreja Católica reagiu com o argumento de que só o Vaticano pode acabar com esse tipo de feriados e que, nesse sentido, Portugal assinou um acordo com a Santa Sé.
Dom José Policarpo (foto), presidente da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa), disse que a igreja concorda com a eliminação de dois feriados, o de Corpus Christi (entre maio e junho), e o da festa de Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto), desde que haja a extinção da comemoração de duas datas cívicas.
O governo já cogitava acabar com dois feriados cívicos, o da Restauração a Independência (1 de dezembro) e o da Implantação da República (5 de outubro) e, por isso, poderá fazer um acordo com a Igreja Católica. Policarpo já adiantou que o Dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro) é inegociável.
A Associação Cívica República e Laicidade mandou ontem (14) uma carta ao governo argumentando que a Igreja Católica “não tem de impor condições” porque o Estado é laico.
Portugal tem 14 feriados nacionais. Deles, 7 são religiosos, incluindo o Natal.

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