segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Custo de vida para famílias de baixa renda ficou menor em julho

    O custo de vida para as famílias que ganham entre R$ 510,00 e R$ 1.275,00 por mês teve, em julho, a maior queda dos últimos dois anos. O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), calculado pela Fundação Getúlio Vargas, apresentou deflação de 0,56%. Caíram os preços de roupas, arroz e feijão, artigos de higiene e cuidado pessoal e bebidas alcoólicas. De janeiro a julho o IPC-C1 está acumulado em 4,20%.

    A variação dos preços para as famílias de baixa renda foi um dos cinco indicadores econômicos divulgados ontem. Além do IPC-C1 apresentado pela Fundação Getúlio Vargas, o IBGE e a Confederação Nacional da Indústria expuseram resultados de pesquisas que apontam a estabilidade da taxa oficial de inflação, o crescimento do otimismo dos consumidores, o aumento da produção industrial ao longo do primeiro semestre e uma ligeira elevação do custo da construção, de junho para julho.

INFLAÇÃO
    A taxa oficial da inflação acumulada de janeiro a julho está em 3,10%.  De junho para julho praticamente não houve alteração. A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,01%. O IPCA é calculado pelo IBGE, que adota como referência as despesas das famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos em nove regiões metropolitanas, além de Brasília e do município de Goiânia. De acordo com o IBGE, o preço dos alimentos continuou caindo em julho. O do tomate ficou quase 24% mais barato. Já os preços das frutas e das carnes subiram em torno de 1%. O custo da refeição fora de casa também continuou caindo, assim como o dos produtos não alimentícios. Os preços das passagens aéreas subiram menos em julho do que em junho, enquanto as despesas com habitação aumentaram, sobretudo por causa dos reajustes das tarifas de energia elétrica.

EXPECTATIVAS
    O otimismo dos consumidores aumentou entre junho e julho, pelo terceiro mês consecutivo, e levou o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor à segunda maior taxa mensal desde 2001. O Inec mede as expectativas sobre inflação, desemprego, renda pessoal, situação financeira, endividamento e compra de bens de maior valor. Só neste último item a CNI identificou queda do otimismo. Foram entrevistados 2.002 consumidores entre os dias 23 e 27 de julho.

PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA
    A produção industrial foi menor em junho do que em maio, em nove dos 14 locais pesquisados IBGE. Mas fechou o primeiro semestre com crescimento médio de 16,2%.  De janeiro a junho, a produção da indústria se expandiu, sobretudo, nos estados do Espírito Santo, Amazonas, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Pernambuco e Ceará. Nesses oito locais a taxa de crescimento foi superior à média nacional. Já em junho, a produção da indústria em âmbito nacional caiu, em média, 1%. Em sete locais a queda foi superior a essa média: Goiás, Bahia, Região Nordeste, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, no Ceará, no Espírito Santo e no Amazonas a produção industrial cresceu.      

CONSTRUÇÃO
    O custo da construção civil subiu 0,74%, de junho para julho. Segundo o IBGE, o Índice Nacional da Construção Civil avançou por causa, principalmente, dos reajustes nos salários dos trabalhadores do setor, que encareceram a mão de obra. Os preços dos materiais de construção aumentaram menos em julho do que em junho. Mato Grosso, Paraná e Acre foram os estados em que o custo da construção mais subiu.
Brasilia Confidencial

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