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Pois só assim se justificaria o que ele diz na Folha Online: “Não me coloco como oposição ou situação. Eu me coloco como candidato para o futuro. Política para mim não é Fla-Flu, nem Grêmio versus Internacional”.
Muito bem, candidato, então o senhor nasceu ontem? Não existe candidato para o futuro sem que se conheça o seu passado.
Como o eleitor pode saber que Serra é um bom candidato para o futuro? Com base em que saberá que ele tem condições de levar o país adiante?
Na política existe uma coisa muito importante chamada trajetória. Serra não nasceu ontem nem é um novato na política. O seu lado está muito bem definido e o que parece é que ele tenta esconder o que representa. José Serra é, como chama a mídia, um tucano de alta plumagem. Participou e participa de todas as decisões do partido e foi integrante ativo e fundamental nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso.
Apoiou e defendeu com gosto o processo de privatização das empresas públicas, do desmonte das redes de apoio social, da desregulamentação das relações de trabalho, da redução do papel do Estado e da entrega da economia ao mercado.
No governo tucano em que Serra foi ministro, o país quebrou duas vezes e precisou ir de pires na mão ao FMI. A subserviência brasileira era tal que o ministro das Relações Exteriores aceitou tirar os sapatos para entrar nos Estados Unidos.
Tudo isso é público e notório. Só José Serra não sabe, não viu e não fala. Ele reeditou o esqueçam o que escrevi de FHC e lançou o esqueçam que existi.
Estou começando a achar que aquele site “Gente que Mente” não ganhou este título para fazer baixaria contra Dilma e Lula.
Foi autocrítica tucana, mesmo
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