A Cutrale, que vem sendo defendida com veemência por deputados e senadores, injetou R$ 2 milhões em campanhas de congressistas nas eleições de 2006. No ano passado, foram R$ 340 mil. Mas essa parte a imprensa prefere esquecer.O MST, invadiu a fazenda da Cutrale. Imediatamente, a imprensa tratou de lembrar a doação feita pela empresa, à campanha de Lula Presidente.Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas, como sempre, os jornais sensacionalistas deram um jeito de ligar a Cutrale a Lula.
A notícia do dia de hoje nos jornais é que a Cutrale, fez doação para a campanha eleitoral do Presidente Lula. E dai? A doação foi feita legalmente. E não foi exclusivamente para o Presidente
Os jornais não informam que, a Cutrale também doou R$ 1 milhão para a campanha do tucano Geraldo Alckmin em 2006.
Também não diz que, José Luiz Cutrale, filho do empresário José Cutrale Júnior, apoiou desde o primeiro momento a eleição e reeleição do Presidente Lula. E mais, já subiu em palanque ao lado do Presidente Lula, para falar da importância de matar a fome e dar de beber a quem tem sede. O empresário doou R$ 4 milhões para o Fome Zero.E não para a campanha de Lula. Portanto, mente a imprensa quando diz que o valor foi para a campanha do Presidente.
Oposição pega carona para sair do esquecimento
Quatro dias após ser arquivada, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST pode ressurgir como CPI do Campo. Patrocinado pela bancada do DEM, o requerimento de criação da nova comissão já circula pelo Congresso e precisará do apoio de, no mínimo, 27 senadores e de 171 membros da Câmara.
Os deputados Onyx Lorenzoni(dono de fazenda) (RS) e Ronaldo Caiado (dono de fazenda)(GO) e a senadora Kátia Abreu(dona de fazenda, miss desmatamento e escravocata) (TO), signatários do requerimento, amparam-se na invasão promovida pelo MST à fazenda da Cutrale para conquistar apoio entre os parlamentares.
"Eles não têm medo de nada. Não têm limites. O governo está amparando, algumas vezes silenciosamente, outras vezes através do Incra e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, repassando recursos públicos por cooperativas de fachada, que foram criadas para que os recursos chegassem até o MST", criticou a senadora, que também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), disse.
A ocupação irregular da fazenda e as fortes imagens veiculadas na imprensa, de militantes do MST destruindo parte da plantação de laranja da área invadida, foram usadas como mote pelo DEM para ampliar o objeto de investigação da CPI. Além de investigar desvios verificados em convênios firmados entre a União e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrário, previstos no requerimento arquivado, o novo documento propõe "diagnosticar a estrutura fundiária brasileira e, em especial, a execução da reforma agrária".
A invasão suscitou discussão entre os parlamentares. O senador Romeu Tuma (PTB-SP) definiu as imagens do movimento destruindo os pés de laranja como "dantescas". Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, questionou a intenção do movimento na reforma agrária. "Ele quer promover uma revolução estilo zapatista, a partir do campo brasileiro." O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu o movimento, mas alertou os militantes de que o uso da violência "não ajuda o próprio objetivo da realização da reforma agrária".
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