Sergio Medeiros, GGN
"Em um determinado momento, ainda incerto, mas que nada leva a crer que inesperado, passou a haver uma nova postura nas redações dos jornais que representam a opção politico econômica do país (editoriais do Globo (rede) e da Folha de São Paulo, acusando o PSDB de antidemocrático e de fator responsável pela instabilidade politico e financeira do país).
Pois bem, tomando como certa a afirmação hegeliana de que os fatos enquanto fatos não tem autoridade, mas sim, somente perante a análise dos fatos que lhes deram origem, passamos a tecer alguns cenários que expliquem tal giro de cento e oitenta graus.
Primero quadro...
Ninguém ignora que, foram levadas às cordas empreiteiras e poder politico e financeiro equivalente a algumas centenas de bilhões do capital nacional e, pasmem, ninguém ainda perquiriu quem está bancando toda esta manobra politica.
Anoto, de pronto, que é inconcebível que toda esta efetiva guerra esteja sendo travada sem que haja expresso interesse - dos detentores do capital em si - em que tais fatos ocorram.
Resta saber quem está patrocinando tal disputa por espaço (um palpite, o capital rentista - grandes bancos -, e as petroleiras).
O motivo todos sabem, os trilhões de dólares da Petrobrás e das commodities brasileiras...(ver post http://jornalggn.com.br/noticia/o-obscuro-cartel-por-tras-da-midia-por-s...)
Nesta conjuntura, apesar de esperada, ainda resta (va??) ausente uma efetiva reação por parte do empresariado nacional.
A prisão de Marcelo Odebrecht teria sido o último elo que faltava.
A partir deste momento e perante o caos que esta tomando de assalto a economia brasileira, aparentemente teria havido um momento de lucidez junto ao capital produtivo nacional, ou seja, passou a ficar evidente que a derrocada econômica não se restringiria as grandes empreiteiras, mas a toda economia nacional, ninguém seria poupado.
Tal constatação, que pode ter o agravante de ser tardia, de qualquer sorte, pode efetivamente ter novamente reunido num mesmo campo de interesses o governo e as empresas (capital produtivo nacional) que atuam no país.
Reitero, não existem acasos, e, de certo modo, poderíamos vislumbrar até mesmo com grande grau de certeza, a forma como este quadro pode ter se delineado.
Isso teria ocorrido aos poucos, pontualmente, primeiro, há pouco menos de duas semanas, com a mudança de entendimento do Juiz Sergio Moro em relação a possibilidade de acordos de leniência (isso após praticamente ter falido todas as empreiteiras, restando os despojos a serem disputados pelo capital internacional rentista (não o produtivo)), depois, mais recentemente, com a retirada do apoio ao impeachment pela maioria dos partidos políticos e organizações da sociedade civil e, a seguir, os últimos passos, as grandes federações nacionais que agrupam o empresariado nacional, FIESP e FIRJAM, respectivamente de São Paulo e Rio de Janeiro, vieram a público se manifestarem pela volta a normalidade tanto politica quanto institucional, incontinenti, logo a seguir, chegamos ao fim do ciclo, chegamos aos editoriais do Globo (rede) e da Folha de São Paulo, acusando o PSDB de antidemocrático e de fator responsável pela instabilidade financeira do país.
Desta forma, estaríamos frente a um novo arranjo das forças politicas e capital nacional, frente a investida do capital rentista internacional e, portanto, devemos aguardar os próximos rounds, mas já antevendo a possibilidade de reação de um setor que já se acreditava nocauteado.
Entretanto, ainda que incipientes, pairam severas dúvidas, sobre se os acontecimentos deram-se efetivamente da forma acima narrada.
Segundo quadro.
Este é o que se faz mais aparente, mas nem por isso mais factível.
De outro lado, a explicação pode ser singela, ou seja, no momento atual, há motivos para que estes grupos (golpistas midiáticos) acreditem que o Golpe pode ser efetivado institucionalmente, de modo a que possam emprestar a tal usurpação uma aparência de legalidade.
Nesta configuração, não existem fatos novos, mas apenas a readequação da forma como se dará o golpe.
Prosseguindo.
Tem, ainda, outro fator que não pode ser afastado, afinal não existem coincidências, num contexto tão interligado.
Terceiro quadro.
Falo da noticiada possibilidade de delação de Marcelo Odebrecht.
E o que teria isso de novo?
Explico.
É que, pode ser que a ameaça de Marcelo Odebrecht, de aceitar a delação premiada, não seja visto como sendo “mais do mesmo”, mas sim que esta possa a ter o condão de transformar toda a trajetória da lava-jato em relação tanto aos motivos como aos envolvidos, ou seja, podendo, inclusive, vir a envolver e incriminar setores até então aparentemente descolados.
Nesse caso, a questão pode simplesmente se restringir a alteração dos políticos e das agremiações políticas atingidas e com isso alterar todo o quadro nacional, o que explicaria a operação abafa da grande mídia, mas, também pode, ainda, ter outras componentes.
Abro a caixa de pandora.
Claramente, alguém acredita que durante todo este tempo a mídia brasileira ignorava a existência desta imensa rede de corrupção.
Será que o proprietário da Odebrecht teria algo a dizer sobre os grupos de mídia.
Neste contexto, temos um novo fator que leva ao imponderável.
A prisão de Marcelo Odebrecht e do Almirante Othon, fez cair toda a ilusão sobre a impossibilidade de prisões de grandes figuras dirigentes de conglomerados empresariais.
Então, se houver delação e provas, porque não a prisão de algum ou de alguns donos da mídia.
Ainda, qual o conteúdo e grupo ou grupos políticos que podem ser atingidos por eventual delação do referido empresário, que, segundo a revista Época, das organizações Globo, poderia derrubar a República.
Fecho...
Pois bem, estas são algumas variáveis em curso, podendo todas estar numa mesma sintonia em relação ao objetivo acordado, ou, em pleno confronto pela obtenção do poder de determinar os rumos do país, aí incluída a manutenção da democracia"
"Em um determinado momento, ainda incerto, mas que nada leva a crer que inesperado, passou a haver uma nova postura nas redações dos jornais que representam a opção politico econômica do país (editoriais do Globo (rede) e da Folha de São Paulo, acusando o PSDB de antidemocrático e de fator responsável pela instabilidade politico e financeira do país).
Primero quadro...
Anoto, de pronto, que é inconcebível que toda esta efetiva guerra esteja sendo travada sem que haja expresso interesse - dos detentores do capital em si - em que tais fatos ocorram.
Resta saber quem está patrocinando tal disputa por espaço (um palpite, o capital rentista - grandes bancos -, e as petroleiras).
O motivo todos sabem, os trilhões de dólares da Petrobrás e das commodities brasileiras...(ver post http://jornalggn.com.br/noticia/o-obscuro-cartel-por-tras-da-midia-por-s...)
Nesta conjuntura, apesar de esperada, ainda resta (va??) ausente uma efetiva reação por parte do empresariado nacional.
A prisão de Marcelo Odebrecht teria sido o último elo que faltava.
A partir deste momento e perante o caos que esta tomando de assalto a economia brasileira, aparentemente teria havido um momento de lucidez junto ao capital produtivo nacional, ou seja, passou a ficar evidente que a derrocada econômica não se restringiria as grandes empreiteiras, mas a toda economia nacional, ninguém seria poupado.
Tal constatação, que pode ter o agravante de ser tardia, de qualquer sorte, pode efetivamente ter novamente reunido num mesmo campo de interesses o governo e as empresas (capital produtivo nacional) que atuam no país.
Reitero, não existem acasos, e, de certo modo, poderíamos vislumbrar até mesmo com grande grau de certeza, a forma como este quadro pode ter se delineado.
Isso teria ocorrido aos poucos, pontualmente, primeiro, há pouco menos de duas semanas, com a mudança de entendimento do Juiz Sergio Moro em relação a possibilidade de acordos de leniência (isso após praticamente ter falido todas as empreiteiras, restando os despojos a serem disputados pelo capital internacional rentista (não o produtivo)), depois, mais recentemente, com a retirada do apoio ao impeachment pela maioria dos partidos políticos e organizações da sociedade civil e, a seguir, os últimos passos, as grandes federações nacionais que agrupam o empresariado nacional, FIESP e FIRJAM, respectivamente de São Paulo e Rio de Janeiro, vieram a público se manifestarem pela volta a normalidade tanto politica quanto institucional, incontinenti, logo a seguir, chegamos ao fim do ciclo, chegamos aos editoriais do Globo (rede) e da Folha de São Paulo, acusando o PSDB de antidemocrático e de fator responsável pela instabilidade financeira do país.
Entretanto, ainda que incipientes, pairam severas dúvidas, sobre se os acontecimentos deram-se efetivamente da forma acima narrada.
Segundo quadro.
Este é o que se faz mais aparente, mas nem por isso mais factível.
De outro lado, a explicação pode ser singela, ou seja, no momento atual, há motivos para que estes grupos (golpistas midiáticos) acreditem que o Golpe pode ser efetivado institucionalmente, de modo a que possam emprestar a tal usurpação uma aparência de legalidade.
Prosseguindo.
Tem, ainda, outro fator que não pode ser afastado, afinal não existem coincidências, num contexto tão interligado.
Terceiro quadro.
Falo da noticiada possibilidade de delação de Marcelo Odebrecht.
E o que teria isso de novo?
Explico.
É que, pode ser que a ameaça de Marcelo Odebrecht, de aceitar a delação premiada, não seja visto como sendo “mais do mesmo”, mas sim que esta possa a ter o condão de transformar toda a trajetória da lava-jato em relação tanto aos motivos como aos envolvidos, ou seja, podendo, inclusive, vir a envolver e incriminar setores até então aparentemente descolados.
Abro a caixa de pandora.
Claramente, alguém acredita que durante todo este tempo a mídia brasileira ignorava a existência desta imensa rede de corrupção.
Será que o proprietário da Odebrecht teria algo a dizer sobre os grupos de mídia.
Neste contexto, temos um novo fator que leva ao imponderável.
A prisão de Marcelo Odebrecht e do Almirante Othon, fez cair toda a ilusão sobre a impossibilidade de prisões de grandes figuras dirigentes de conglomerados empresariais.
Então, se houver delação e provas, porque não a prisão de algum ou de alguns donos da mídia.
Fecho...
Pois bem, estas são algumas variáveis em curso, podendo todas estar numa mesma sintonia em relação ao objetivo acordado, ou, em pleno confronto pela obtenção do poder de determinar os rumos do país, aí incluída a manutenção da democracia"
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