Rebeca Bedone, Revista Bula
Outro ano se foi e o novo vai começar; mas a guerra, na verdade, não terminou. Continuamos assistindo ao terror gratuito na televisão. A dignidade nos escorre pelo ralo toda vez que a corrupção ri da nossa cara. Enquanto que tudo que eu queria é desejar um Natal alegre e feliz Ano Novo dizendo que a guerra já acabou.
E o que você pensaria se eu cantasse desafinado? Me empresta os seus ouvidos que mostrarei uma canção para você. Olha aí o Ringo Starr “Whith a little help from my friends”! O mundo está girando mesmo com todo erro que precisamos aprender. George Harrison me acorda “Still my guitar gently weeps”.
Quando essa noite chegar e o mundo escurecer e a lua for nossa única luz lá fora, não terei medo. Você ficou aqui comigo. Nem que o céu caia ou as montanhas desabem para o mar, hoje não irei chorar, não derramarei uma lágrima. Você está aqui cantando “Stand by me”. Hoje seremos pássaros pretos na calada da noite: “You were only waiting for this moment to be free”.
Porque pegamos uma canção triste e a melhoramos para deixar algo difícil chegar ao coração. O pinheiro está pronto. É Natal e o que fizemos de melhor até agora foi o amor. Esse sentimento que se transforma em compaixão, solidariedade e alegria quando é plantado e distribuído por aí. E não é só por causa dessa época que deveríamos cultivar essa árvore. Ela precisa frutificar o ano inteiro, suas bolas natalinas têm que brilhar para sempre.
Para isso, vamos fazer esses jogos mentais juntos, em busca da paz e com fé no futuro, plantando sementes e espalhando o amor. A guerra lá fora nunca deixará de existir, mas podemos fazer nossa guerrilha mental se multiplicar. Amor é a resposta e você sabe disso, com certeza, mas não custa repetir: “Love…I want you to make love, not war!”
Podem dizer que sou uma sonhadora, mas não sou a única. John Lennon nos ensinou a ter esperança: o pisca-pisca acende enquanto toca “Imagine”.
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