Jango, o general Assis Brasil e o primeiro-ministro Tancredo Neves. O neto dele tornou-se conspirador. |
"No dia 20 de outubro, um observador da cena política, consciente do teor explosivo da Lava Jato, enviou a seguinte mensagem para um dos principais estrategistas de Dilma Rousseff:
Os dois candidatos jogaram todas as sujeiras possíveis na mesa e elas tendem a se espalhar em ritmos diversos. Contra a Dilma, pesa exclusivamente o caso Petrobras; contra Aécio, uma dezena de casos sem resposta satisfatória.
Imagine a Dilma convocando uma entrevista coletiva para uma tentativa de resposta definitiva ao caso Petrobras, sabendo que não há o menor envolvimento dela com as questões levantadas.
Na entrevista, ela admitiria os problemas da Petrobras e, junto, uma proposta didáticapara resolver definitivamente a questão.
Tipo:
- Em uma empresa grande, demora para informações e pessoas chegarem até o presidente. Precisam passar primeiro pelo guarda, depois pela portaria, fazer cadastro, depois marcar audiência. Tem muitas outras pessoas precisando falar. E não tem como saber, antes, o que é mais ou menos importante. É por isso que algumas pessoas às vezes conseguem burlar os sistemas de controle e praticar malfeitos.
- Foi o que ocorreu na Petrobras. Algumas pessoas sabiam o que estava acontecendo, mas não tinham como chegar à presidente. E sem ter a informação, não havia como a presidente agir.
- Essas são as principais lições que tiramos do caso Petrobras. Analisando o ocorrido, decidimos tomar um conjunto de decisões para sanar de vez esse problema.
Obviamente, a estratégia só teria eficácia se montada antes da eclosão pública da Operação Lava Jato.
Mas não adianta.
O país é outro, os tempos são outros.
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