@ O maior erro dos governos do PT foi se conformar com a situação dos meios de comunicação do país. Nenhuma democracia pode se desenvolver se a sua informação é controlada por meia dúzia de famílias, que, obviamente, ramificaram os seus negócios, e usam as emissoras de televisão, rádio, portais de internet, jornais e revistas que têm para seus próprios interesses.
@ Um desses interesses é justamente defenestrar os trabalhistas do Palácio do Planalto para que as coisas no Brasil voltem a ser como eram antes de 2003. Os donos das empresas de comunicação do Brasil estão, certamente, entre os mais reacionários do mundo. Vivem no pré-capitalismo. Não aceitam sequer as leis trabalhistas.
@ O resultado desse oligopólio é isto que está aí: a informação, controlada, é do pior tipo possível, ignora o factual, não contempla o contraditório, mais se assemelha a propaganda e presta um terrível desserviço à nação.
@ Televisão e rádio são concessões públicas. Deveriam obedecer certas regras para funcionar. Mas não é isso que se vê. A programação é da pior qualidade e muitas vezes incita ao ódio e à violência. "Pastores" exigem dinheiro de incautos na maior cara dura em grande parte do dia, da noite e da madrugada, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, programas pseudo-humorísticos disseminam idiotices a granel.
@ Se o poder da televisão e do rádio fosse usados para ajudar a educar as pessoas, certamente o Brasil seria outro. É o que é, com seu povo praticamente ignorante das mais comezinhas noções de cidadania, porque recebe uma informação do mais baixo nível.
@ Lula e Dilma não tiveram coragem de mudar esse status quo, essa é a verdade. Não se dispuseram a enfrentar as famílias que mandam e desmandam na área da comunicação, talvez imaginando que elas, com o decorrer do tempo, e graças à polpuda verba publicitária que lhes destina, fossem poupá-los. O resultado dessa covardia e falta de visão estratégica atingiu seu ápice neste ano de eleição geral: os trabalhistas encolheram, seus adversários cresceram. A própria reeleição da presidenta Dilma corre sérios riscos.
@ Mas talvez esse seja o menor dos problemas. O maior é mesmo criar gerações de pessoas despolitizadas, acríticas, inteiramente dominadas por slogans publicitários, sem noção de civilidade, consumidoras vorazes do lixo cultural e das modas impingidas por uma sociedade que exalta o capital como o principal valor e despreza a ética e a moral.
@ Se Aécio Neves for o próximo presidente, todos sabem o que será feito nesse setor vital para o desenvolvimento do país: absolutamente nada. Tudo ficará como está, ou então pior, com o governo federal destinando mais verbas para seus fiéis aliados - Globo, Abril, Folha, Estadão... Se Dilma for reeleita, a esperança é que ela siga os conselhos de muitos ativistas, pesquisadores, jornalistas, organizações da sociedade civil, sindicatos - ou seja, de importante parcela do país - e imponha - isso mesmo, imponha - um marco regulatório para o setor. É isso ou a barbárie.
@ Um desses interesses é justamente defenestrar os trabalhistas do Palácio do Planalto para que as coisas no Brasil voltem a ser como eram antes de 2003. Os donos das empresas de comunicação do Brasil estão, certamente, entre os mais reacionários do mundo. Vivem no pré-capitalismo. Não aceitam sequer as leis trabalhistas.
@ O resultado desse oligopólio é isto que está aí: a informação, controlada, é do pior tipo possível, ignora o factual, não contempla o contraditório, mais se assemelha a propaganda e presta um terrível desserviço à nação.
@ Televisão e rádio são concessões públicas. Deveriam obedecer certas regras para funcionar. Mas não é isso que se vê. A programação é da pior qualidade e muitas vezes incita ao ódio e à violência. "Pastores" exigem dinheiro de incautos na maior cara dura em grande parte do dia, da noite e da madrugada, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, programas pseudo-humorísticos disseminam idiotices a granel.
@ Se o poder da televisão e do rádio fosse usados para ajudar a educar as pessoas, certamente o Brasil seria outro. É o que é, com seu povo praticamente ignorante das mais comezinhas noções de cidadania, porque recebe uma informação do mais baixo nível.
@ Lula e Dilma não tiveram coragem de mudar esse status quo, essa é a verdade. Não se dispuseram a enfrentar as famílias que mandam e desmandam na área da comunicação, talvez imaginando que elas, com o decorrer do tempo, e graças à polpuda verba publicitária que lhes destina, fossem poupá-los. O resultado dessa covardia e falta de visão estratégica atingiu seu ápice neste ano de eleição geral: os trabalhistas encolheram, seus adversários cresceram. A própria reeleição da presidenta Dilma corre sérios riscos.
@ Mas talvez esse seja o menor dos problemas. O maior é mesmo criar gerações de pessoas despolitizadas, acríticas, inteiramente dominadas por slogans publicitários, sem noção de civilidade, consumidoras vorazes do lixo cultural e das modas impingidas por uma sociedade que exalta o capital como o principal valor e despreza a ética e a moral.
@ Se Aécio Neves for o próximo presidente, todos sabem o que será feito nesse setor vital para o desenvolvimento do país: absolutamente nada. Tudo ficará como está, ou então pior, com o governo federal destinando mais verbas para seus fiéis aliados - Globo, Abril, Folha, Estadão... Se Dilma for reeleita, a esperança é que ela siga os conselhos de muitos ativistas, pesquisadores, jornalistas, organizações da sociedade civil, sindicatos - ou seja, de importante parcela do país - e imponha - isso mesmo, imponha - um marco regulatório para o setor. É isso ou a barbárie.
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