26 agosto 2014 Marina come do fruto da demonização da política, por Francy Lisboa
Francy Lisboa, GGN
"Nesses períodos que antecedem a campanha eleitoral, até mesmo argumentos de que a mídia não tem nada a ver com a demonização do PT começam a surgir em comentáriosde pessoas ditas “progressistas”. Percebe-se que a votação não será baseada em partidos, mas sim no candidato, pelo menos no caso de Dilma e Marina.As chamadas jornadas de Junho de 2013 foram exaustivamente analisadas como descontentamento com a política e nesse vácuo oportunistas começou gerar o discurso de pairar acima da atividade mais básica de uma sociedade: a Política.O falecido Eduardo Campos e sua vice por conveniência, e hoje forte candidata, Marina Silva, começaram mal. Não há nenhuma contribuição consistente de quem nega os partidos e a atividade política. Apresentar-se como novo colocou Marina a mercê de todas as analises buscando as contradições e elas aparecem aos berros.Esse primarismo político talvez explique o porquê ela é comparada ao ex-presidente Fernando Collor. Erundina, hoje coordenadora da campanha de Marina Silva, já havia dito que Marina Silva deseduca ao negar a política.A verdade, Marina apenas surfa na demonização que se tornou mais intenção pela incapacidade da imprensa em viver ideologicamente em paz com o Partido dos Trabalhadores. Como está fácil não ter propostas para o Brasil, pois mesmo o PT mostrando em sua propaganda que nem tudo é caos como alguns apontam, é possível votar em quem só trabalha na base dos clichês.Nunca a sensação de que de fato existe a entidade coletiva Homer Simpson se fez tão forte. Vale qualquer coisa, até mesmo não ter propostas concretas e realistas. Ao contrário do que disse Nassif em seu Post, Marina não traz nada de novo, apenas o fato de quem está propondo é ela e não o Governo bolivariansitascomunistascheguevarista... ista do PT.Tudo isso porque ela se apresenta acima das negociatas da política, uma tolice sem fim. Costumo dizer que não existiriam os santos católicos se eles soubessem o que são de fato. Nada, absolutamente nada supera o escrutínio.O que vale é o pragmatismo, o bom pragmatismo para discernir se as contradições são fortes o suficiente para mudar a percepção de risco ao votar em A B, ou C.Mas esse pragmatismo não existe. Marina e seus aliados (Neca, Gianetti, etc) são o retrato da Velha Política indo no vácuo oportunista de surfar em dos principais males que assolam a população brasileira: a descrença na política.Isso por si só já é motivo suficiente de que Marina não está interessada em melhorar o Brasil, apenas surfa na sua ignorância política potencializada em doses homeopáticas pela mídia."
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