“Se quiserem investigar, que se investigue. Mas por que não fizeram antes? Evidentemente porque não há interesse. Mesmo porque, se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal. A Alstom forneceu para o sistema elétrico federal, metrôs e trens”, disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) sobre a tentativa do PT de emplacar a CPI do metrô em SP
Brasil 247
Diante da pressão do PT para aprovar a CPI do Metrô, após negativa do STF de unir investigação no caso da Petrobras, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) ameaça: “Se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal”.
A afirmação foi feita em entrevista ao blog do Ricardo Noblat. Leia:
O senhor será vice na chapa de Aécio?
Digo com toda sinceridade que o assunto não está sendo discutido. Estamos cuidando agora dos arranjos regionais, superando dificuldades em estados, fazendo composições.
Muitas vezes, o Eduardo Campos mostra mais vontade de ser presidente do que o Aécio Neves. Falta algo para engrenar?
Falta campanha.
Mas o Eduardo também não está em campanha...
Mas qual é o crescimento do Eduardo? Nenhum. Como nós também não temos. Porque não temos campanha eleitoral. Quem deve estar preocupada é a presidente (Dilma). Ela, apesar de toda exposição, está caindo.
Se o Eduardo for eleito, o PSDB vai fazer parte do governo dele?
Vamos fazer a eleição, primeiro. E tudo indica que estaremos juntos na disputa contra a Dilma, se a Dilma for para o segundo turno.
O PSDB sempre escondeu o Fernando Henrique em eleição. Fará outra vez?
Eu nunca escondi Fernando Henrique. Comecei minha campanha eleitoral para o Senado mostrando o Fernando Henrique. Na campanha do Serra em 2010, todas as vezes que o governo Fernando Henrique foi atacado ele foi defendido pelo próprio Serra.
Mas o partido vai defender as privatizações?
(Defenderemos) Tudo o que fizemos e deu certo. Os resultados são bons. Inclusive em relação à Petrobras. O PT mudou o que deu certo. O resultado foi a estagnação na produção do petróleo, o sufocamento financeiro, a perda de valor patrimonial e o endividamento da estatal.
O senhor falou em Petrobras. Está em discussão a CPI da Petrobras. Não é importante apurar também as denúncias do caso Alstom?
Se quiserem investigar, que se investigue. Mas por que não fizeram antes? Evidentemente porque não há interesse. Mesmo porque, se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal. A Alstom forneceu para o sistema elétrico federal, metrôs e trens.
A CPI da Petrobras não terminará igual à do Cachoeira, sem resultado efetivo?
Quem inviabilizou a CPI do Cachoeira foram eles (os governistas). Quando começaram a aparecer grandes empreiteiras, como Delta, quem embananou a CPI foram os governistas. Agora a CPI da Petrobras vai ser um catalisador das investigações que estão em curso.
O governo acusa a oposição de fazer uso político da CPI.
Estamos em uma casa política. É papel da oposição fazer política de oposição, usando os instrumentos que temos nas mãos para isso. E a CPI é um deles.
Quem o PSDB indicará para a CPI?
Estou querendo pôr Alvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA). O Alvaro tem muito vivência de Petrobras. Há muito tempo vem propondo requerimentos, investigações e diligências. O Mário é um bom esgrimista."
Brasil 247
Diante da pressão do PT para aprovar a CPI do Metrô, após negativa do STF de unir investigação no caso da Petrobras, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) ameaça: “Se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal”.
A afirmação foi feita em entrevista ao blog do Ricardo Noblat. Leia:
O senhor será vice na chapa de Aécio?
Digo com toda sinceridade que o assunto não está sendo discutido. Estamos cuidando agora dos arranjos regionais, superando dificuldades em estados, fazendo composições.
Muitas vezes, o Eduardo Campos mostra mais vontade de ser presidente do que o Aécio Neves. Falta algo para engrenar?
Falta campanha.
Mas o Eduardo também não está em campanha...
Mas qual é o crescimento do Eduardo? Nenhum. Como nós também não temos. Porque não temos campanha eleitoral. Quem deve estar preocupada é a presidente (Dilma). Ela, apesar de toda exposição, está caindo.
Se o Eduardo for eleito, o PSDB vai fazer parte do governo dele?
Vamos fazer a eleição, primeiro. E tudo indica que estaremos juntos na disputa contra a Dilma, se a Dilma for para o segundo turno.
O PSDB sempre escondeu o Fernando Henrique em eleição. Fará outra vez?
Eu nunca escondi Fernando Henrique. Comecei minha campanha eleitoral para o Senado mostrando o Fernando Henrique. Na campanha do Serra em 2010, todas as vezes que o governo Fernando Henrique foi atacado ele foi defendido pelo próprio Serra.
Mas o partido vai defender as privatizações?
O senhor falou em Petrobras. Está em discussão a CPI da Petrobras. Não é importante apurar também as denúncias do caso Alstom?
Se quiserem investigar, que se investigue. Mas por que não fizeram antes? Evidentemente porque não há interesse. Mesmo porque, se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal. A Alstom forneceu para o sistema elétrico federal, metrôs e trens.
A CPI da Petrobras não terminará igual à do Cachoeira, sem resultado efetivo?
Quem inviabilizou a CPI do Cachoeira foram eles (os governistas). Quando começaram a aparecer grandes empreiteiras, como Delta, quem embananou a CPI foram os governistas. Agora a CPI da Petrobras vai ser um catalisador das investigações que estão em curso.
O governo acusa a oposição de fazer uso político da CPI.
Quem o PSDB indicará para a CPI?
Estou querendo pôr Alvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA). O Alvaro tem muito vivência de Petrobras. Há muito tempo vem propondo requerimentos, investigações e diligências. O Mário é um bom esgrimista."
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