Os abusos sexuais cometidos durante anos pelo já falecido sacerdote mexicano Marcial Maciel, líder da Legião de Cristo, ensombraram a visita que o Papa terminou ontem no México. Vítimas desses abusos criticaram Bento XVI por não aceitar recebê-los e a Igreja Católica por ter tolerado os crimes. Bento XVI já está em Cuba, naquela que já é considerada uma visita histórica do seu pontificado.
"O Vaticano ignorou sistematicamente a sua responsabilidade. Não só sabia, como também tolerou e protegeu Maciel. O Vaticano mentiu", declarou Bernardo Barranco, que investiga os crimes praticados por Maciel, durante uma conferência de imprensa com vítimas desses abusos em León, capital do estado de Guanajuato, onde Bento XVI pernoitou de sábado para domingo e onde recebeu vítimas e familiares da violência do narcotráfico no México. Bento XVI terminou a sua visita ao país com uma missa, ontem, em León, na qual participaram mais de 600 mil pessoas.
Do México, o Sumo Pontífice voou para Cuba, onde o governo de Raul Castro fez questão de receber o Chefe da Igreja Católica com pompa e circunstância, tendo decretado tolerância de ponto para que todos possam participar nos eventos públicos.
Apesar das críticas que o Papa teceu ao regime comunista, o governo cubano quer fazer da visita um marco histórico, mostrando ao Mundo que o país está a mudar e até as "Damas de Branco", mães e esposas de dissidentes desaparecidos, mortos ou presos, foram autorizadas a participar nos eventos religiosos e possivelmente serão recebidas por Bento XVI.
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