Ciclo Vivo
O chifre do animal é altamente valorizado no Vietnã e na China, onde é moído em um pó e vendido como suposta cura para doenças como artrite, febre, pressão alta e câncer.
De acordo com registros históricos, as manadas de rinocerontes-de-java já habitaram o Sudeste Asiático, e os animais eram abundantes o suficiente para serem considerados como pragas agrícolas. Mas, a perda de habitat e a caça generalizada reduziram seus números, de modo que, na segunda metade do século 20, o animal foi quase extinto no continente asiático.
Em 1988, uma população de 15 ou menos indivíduos foi encontrada na região do Parque Nacional Cat Tien, Vietnã. Os conservacionistas estavam esperançosos de que essa população, apesar de minúscula, poderia se recuperar, com base no sucesso do rinoceronte branco do sul da África.
Os rinocerontes brancos do sul tinham sido reduzidos em cerca de 20 indivíduos apenas, no final do século 19, mas devido aos esforços de conservação intensa, a população agora conta com perto de 20 mil animais.
Entretanto as esperanças acabaram quando uma pesquisa realizada em 2004 sugeriu que a população de Cat Tien havia sido reduzida para apenas dois indivíduos, ambos do sexo feminino.
Uma pesquisa mais aprofundada, envolvendo cães farejadores, no final de 2009 e início de 2010, analisou 22 amostras fecais, mas uma análise de DNA mostrou que os excrementos tinham sido deixados por apenas um único indivíduo. Em algum momento entre 2004 e 2009, um dos rinocerontes morreu ou foi morto, deixando apenas um indivíduo do sexo feminino, que foi encontrado morto em 2010.
Os conservacionistas estão certos de que não existem mais rinocerontes-de-java no Vietnã. "Nós pesquisamos minuciosamente a única área que apoiou uma população de rinocerontes nos últimos 20 anos", disse Cox. A extinção local do animal deve ser um alerta para o Vietnã proteger seus outros animais em extinção, como tigres e elefantes, acrescentou.
"É uma questão de luto pela perda, mas tendo certeza de que aprendemos as lições, e criando um senso de urgência ainda maior para as espécies que ainda restam", disse o gerente do Programa Espécies do WWF. Com informações da National Geographic.
Redação CicloVivo
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