domingo, 29 de agosto de 2010

O Golpe baixo de Juca Kfouri

 

Neste sábado, 28 de Agosto, o jornalista Juca Kfouri ofereceu aos brasileiros mais um perfeito exemplo do jornalismo rasteiro e irresponsável que marca esta eleição.

É o jornalismo troglodita, acusatório, denuncista que tem definido o papel da Folha de S. Paulo, do Estadão, de Veja e das Organizações Globo no processo sucessório federal.

Com todas as letras, o tarimbado profissional, afirma:
"O Corinthians ganhará um estádio porque a Odebrecht quer agradar o presidente que fará sua sucessão com os pés nas costas".
Os bons leitores buscaram no texto a referência a algum documento, depoimento ou gravação que provasse a gravíssima acusação.

Não havia.

Na verdade, o blogueiro parece escrever somente o que lhe vem na telha.

Será irresponsável ao divulgar tal notícia sem provas?

Terá sido vencido pela preguiça e, por isso, nem se empenhou em apurar o boato?

Ou será apenas criativo? Será mais um adepto do jornalismo de invenção?

Imediatamente, no entanto, o blog empilhou centenas e centenas de comentários indignados de torcedores de todos os times.

Acusam Lula de praticar a corrupção, de roubar os cofres públicos e de ter um "esquema com as empreiteiras".

Na verdade, Juca Kfouri nem mesmo teve o zelo de discutir o acordo em negociação entre o clube, a CBF e a Odebrecht.

Pelo que se sabe, trata-se de um excelente negócio para a construtora.

Com Lula ou sem Lula, certamente haveria interesse na construção da arena que abrirá a Copa do Mundo.

Vale lembrar que os gastos diretos com a Copa (impacto sobre a demanda final) serão de R$ 28,60 bilhões, segundo a FGV.

E o impacto sobre a produção nacional de bens e serviços deve chegar a R$ 112,79 bilhões.

A construção civil, sozinha, gerará R$ 8,14 bilhões a mais no período.

São evidências claras das oportunidades geradas no setor e dos montantes investidos nos projetos.

Explicam, por exemplo, por que a empresa Traffic criou uma divisão chamadaTraffic Arenas, somente para lidar com esse segmento de negócios.

Não há no texto qualquer referência à exploração de naming rights ou aos ganhos das lojas do shopping que funcionarão no estádio.

Tampouco se faz referência à possibilidade do loteamento seletivo dos camarotes e cadeiras cativas.

Ou seja, não há investigação, estudo ou apuração dos fatos, obrigações de quem exerce a profissão.

O jornalismo de cadeira giratória, pois, se faz hoje de interesse político e construção de ficções acusatórias.

Caberia ao presidente Lula questionar o jornalista.

E a Odebrecht também teria todo o direito de contestar, na Justiça, a peça que mancha sua reputação.

Mas logo a corporação dos escribas se levantaria indignada, afirmando ser este um atentado contra a liberdade de expressão.

Tontos são os que ainda lêem e acreditam nesses agentes do retrocesso.

Mais um gol contra de uma oposição perdida, em desespero.
 Mauro Carrara,By: Esquerdopata

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