O Brasil mudou muito.
Em certas áreas, para pior.
A saúde, por exemplo - mas não a saúde pública, o SUS, esse excepcional instrumento de proteção à vida e à dignidade humanas.
Estou falando dos médicos, esses profissionais que atuam na defesa do nosso mais valioso patrimônio, o nosso corpo.
Nestes últimos dias, por causa de uma crise extremamente dolorosa de ciatalgia, fui a quatro profissionais diferentes: três, possivelmente, clínicos gerais, pois me atenderam num posto de pronto socorro da Unimed-Amparo, e um ortopedista.
Antes dessa experiência, ainda em São Paulo, por causa do mesmo problema, me consultei com dois outros ortopedistas, e, no ano passado, com outro clínico geral do Posto de Pronto Atendimento da Unimed-Amparo, e uma médica do pronto socorro do hospital de Serra Negra.
Então, vejamos: em um período de cinco anos, mais ou menos, passei por oito médicos diferentes por causa de uma ciatalgia.
O extraordinário é que nenhum desses oito profissionais, de idades, formação e, presumo, experiências variadas, sequer me fez perguntas sobre como é a minha vida, atividades rotineiras, sobre há quanto tempo tinha as dores, sobre os medicamentos que tomo, sobre meus outros problemas de saúde.
Sequer mediram a minha pressão.
Sequer apertaram a minha mão.
Sequer fizeram um exame, superficial que fosse, nas minhas costas, na minha coluna, em qualquer parte de meu corpo.
As consultas, em média, duraram uns 5 minutos.
Agiram como se fossem autômatos, robôs, androides, seres sem alma ou emoções.
Numa das vezes, o médico parecia mais preocupado em criticar o governo do PT:
- Sonhou com a Dilma? - perguntou em tom de galhofa, ao ver a minha cara de sofrimento.
Desta última vez nenhum dos quatro médicos com os quais me consultei conseguiu aliviar a dor que sentia.
Creio, sinceramente, que ainda existam médicos neste país.
E quando digo médicos, não quero me referir a profissionais titulados, professores eméritos com cursos no exterior, que cobram R$ 1 mil a consulta, e a quem as pessoas recorrem na esperança de se livrar, como por milagre, de suas mazelas físicas ou psicológicas.
Quero simplesmente falar daqueles que olham seus pacientes como seres humanos fragilizados, mas esperançosos, gente que sairia do consultório muito mais feliz se sentisse que passou alguns minutos com alguém que se importa com o seu bem-estar do que com um pedido de exames na mão.
A esses médicos de verdade que ainda restam, as minhas sinceras saudações.
A esses outros, que se fantasiam de "doutores", desejo vida próspera e que nunca tenham de se consultar com alguém igual a eles.
Em certas áreas, para pior.
A saúde, por exemplo - mas não a saúde pública, o SUS, esse excepcional instrumento de proteção à vida e à dignidade humanas.
Estou falando dos médicos, esses profissionais que atuam na defesa do nosso mais valioso patrimônio, o nosso corpo.
Nestes últimos dias, por causa de uma crise extremamente dolorosa de ciatalgia, fui a quatro profissionais diferentes: três, possivelmente, clínicos gerais, pois me atenderam num posto de pronto socorro da Unimed-Amparo, e um ortopedista.
Antes dessa experiência, ainda em São Paulo, por causa do mesmo problema, me consultei com dois outros ortopedistas, e, no ano passado, com outro clínico geral do Posto de Pronto Atendimento da Unimed-Amparo, e uma médica do pronto socorro do hospital de Serra Negra.
Então, vejamos: em um período de cinco anos, mais ou menos, passei por oito médicos diferentes por causa de uma ciatalgia.
O extraordinário é que nenhum desses oito profissionais, de idades, formação e, presumo, experiências variadas, sequer me fez perguntas sobre como é a minha vida, atividades rotineiras, sobre há quanto tempo tinha as dores, sobre os medicamentos que tomo, sobre meus outros problemas de saúde.
Sequer mediram a minha pressão.
Sequer apertaram a minha mão.
Sequer fizeram um exame, superficial que fosse, nas minhas costas, na minha coluna, em qualquer parte de meu corpo.
As consultas, em média, duraram uns 5 minutos.
Agiram como se fossem autômatos, robôs, androides, seres sem alma ou emoções.
Numa das vezes, o médico parecia mais preocupado em criticar o governo do PT:
- Sonhou com a Dilma? - perguntou em tom de galhofa, ao ver a minha cara de sofrimento.
Desta última vez nenhum dos quatro médicos com os quais me consultei conseguiu aliviar a dor que sentia.
Creio, sinceramente, que ainda existam médicos neste país.
E quando digo médicos, não quero me referir a profissionais titulados, professores eméritos com cursos no exterior, que cobram R$ 1 mil a consulta, e a quem as pessoas recorrem na esperança de se livrar, como por milagre, de suas mazelas físicas ou psicológicas.
Quero simplesmente falar daqueles que olham seus pacientes como seres humanos fragilizados, mas esperançosos, gente que sairia do consultório muito mais feliz se sentisse que passou alguns minutos com alguém que se importa com o seu bem-estar do que com um pedido de exames na mão.
A esses médicos de verdade que ainda restam, as minhas sinceras saudações.
A esses outros, que se fantasiam de "doutores", desejo vida próspera e que nunca tenham de se consultar com alguém igual a eles.
http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2015/10/medicos-doutores-e-seres-humanos.html
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