"Boa parte dos brasileiros foi ensinado que a violência é o principal instrumento de resolução de conflitos. Futebol? Samba? Feijoada? Não, a “porrada” é é o que realmente nos une e nos faz brasileiros
Não tem jeito, a porrada é uma instituição nacional.
Além disso, também temos problemas de memória. Enquanto o país não acertar as contas com o seu passado, não terá a capacidade de entender qual foi a herança deixada por ele – na qual estamos afundados até o pescoço, nos define e contribui para uma cultura de agressão.
Aliás, o Brasil não é um país que respeita os direitos humanos e não há perspectivas para que isso passe a acontecer pois, acima de tudo, falta entendimento sobre eles e, consequentemente, apoio, da própria população.
Que acha isso uma “coisa de proteger bandido” e esquece que a própria liberdade de professar uma crença ou de não ser agredido gratuitamente por dizer o que pensa diz respeito aos direitos humanos.
O impacto desse não-apoio se faz sentir no dia a dia com um grupo que sempre esteve no poder econômico aterrorizando, sozinho ou através da polícia ou de representantes políticos, a outra parte da população.
Gostamos de viver as tradições por aqui. Como o direito de deixar claro quem manda e quem obedece.
Se necessário, através dela, a porrada, que é o que realmente nos une e nos faz brasileiros."
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