Alvaro, ex-Citi e atual Ambev: doações de fabricantes de bebidas não pode; mas tê-lo na tesouraria pode |
Helena Sthephanowitz, RBA / Blog da Helena
Souza já foi tesoureiro de Marina em 2010, retratado em uma reportagem na revistaIstoÉ daquele ano como “O banqueiro de Marina”
Como se vê, a construção do programa econômico neoliberal de governo de Marina Silva, prevendo Estado mínimo, rendição incondicional ao Consenso de Washington – já fracassado pelo desemprego e empobrecimento do povo – e a desregulamentação radical do mercado financeiro pelo Estado, através de um Banco Central independente, já tem mais de quatro anos de gestação entre banqueiros brasileiros e internacionais e Marina Silva.
Isso explica a adesão incondicional da candidata do PSB ao discurso do mercado financeiro, setor que conspira abertamente contra a reeleição de Dilma Rousseff. E explica a inusitada empolgação que Marina passou a provocar entre especuladores nas Bolsas de Valores. Saiu de campo a “nova política” e entrou o velho mercado.
Contradições
O caso de bebidas alcoólicas é o mais curioso, pois o tesoureiro de campanha de Marina, Álvaro de Souza, é membro do conselho de administração da cervejaria Ambev. Também já foi membro do conselho de administração da cervejaria Quilmes. Deixa eu ver se entendi: a fábrica não pode doar, mas quem dirige a fábrica pode arrecadar. Está cada vez mais complicado entender essa “nova política”.
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