Na noite de 18 de julho de 1969, o senador Teddy Kennedy, tido como um dos mais brilhantes oradores da história dos Estados Unidos, dirigia seu Oldsmobile com uma amante de 28 anos, a bela Mary Jo Kopechne. Bêbado, Kennedy não conseguiu controlar o carro, que capotou na ilha de Chappaquiddick. Marie Jo morreu e Kennedy não lhe prestou socorro.
Galanteador como seus irmãos, John e Bob, ambos assassinados, um na presidência, outro em campanha, Teddy sempre foi lembrado como um potencial candidato democrata à presidência dos Estados Unidos. Mas ele sempre esbarrava no mesmo problema: Chappaquiddick. Durante anos, ele se penitenciou. Jamais admitiu que dirigiu alcoolizado. Mas várias vezes pediu perdão publicamente por não ter prestado socorro à secretária e amante.
Aécio Neves, boêmio, namorador e notívago, é também um eterno presidenciável. Mas se quiser, de fato, chegar lá, terá de administrar melhor sua vida pessoal e tomar cuidado para não viver seu momento Chappaquiddick. Quem não passa numa blitz, senador, também não sobe uma rampa.
Leonardo Attuch é jornalista e idealizador do Brasil 247, via Com texto livre
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