Edival Lourenço, Revista Bula
“O Homo sapiens, essa cereja do bolo do processo evolutivo, apesar de todo orgulho e jactância, não passa de um produto da Natureza, assim como a ameba, o mofo, a formiga, o ipê-roxo, o puma dos prados e tudo o mais quanto é ser vivente que há.
Como criatura da Natureza, somos oportunistas. Oportunista aqui no sentido de que só pudemos existir quando a Natureza criou as condições bastantes e necessárias para tal. E vamos deixar de existir quando a fila andar e a Natureza retirar as condições que nos permitem viver e alastrar o nosso processo cultural e civilizatório.
Muito antes de nós, os insetos e répteis habitavam este planeta conflagrado pelas intempéries. Havia rompimentos e colisões de placas tectônicas descomunais, com erupções vulcânicas repercutindo por todo o planeta, com alteridades climáticas impossíveis de ser toleradas pelos mamíferos. Havia trombadas de copos celestes pelo universo afora, com estilhaços resvalando na Terra em toda parte. Inclusive a Lua seria um pedaço da terra que se soltou numa dessas colisões e acabou por acomodar-se num ponto de equilíbrio gravitacional sob influência de nosso planeta.
Só para se ter uma ideia, a monumental fragmentação e colisão de placas, cerca de 23 milhões de anos atrás, fez levantar na planície amazônica de então a cordilheira dos Andes. Os rios daquela bacia enorme faziam a captação hidrológica de toda a região e desaguavam no pacífico. Com a muralha geológica que se levantou nesse período, formou-se um enorme lago aos pés dos Andes. Com a água se acumulando incansavelmente e a sucessão de outros movimentos da crosta, os rios acabaram por se arrepender, deram marcha à ré e formaram a bacia amazônica do jeito que a conhecemos, colhendo as águas desde a vertente dos Andes até cair no Atlântico. Os Alpes na Europa e o Himalaia na Ásia são outros exemplos de cadeias montanhosas formadas a partir de colisão de placas Tectônicas.”
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