A campanha presidencial de 2010 colocou o ambientalismo progressista brasileiro --esqueçam o gabeirismo-- diante de uma encruzilhada. Vieram do eleitorado verde no 1º turno quase 95% dos votos adicionais obtidos por Serra no 2º turno. Segundo o Ibope, metade do eleitorado de Marina Silva (PV) mudou seu voto para Serra; um terço migrou para Dilma Rousseff (PT) e 15% anulou na volta às urnas, em 31 de outubro. Até aí, tudo bem. A geografia do voto dado a Serra, porém, elucida a desconcertante aliança subterrânea implementada no interior desse condomínio verde-tucano. Nele se misturam racismo, apartheid e predadores sociais e ambientais. É esse o 'blend' ao qual Marina Silva emprestou sua credibilidade, vestindo de verde o anti-verde e de tolerância o intolerável. Que caminhos seguirão agora a ex-ministra e seus eleitores progressistas?
Carta maior
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