Quase todo mundo conhece a premiada trilogia Matrix, feita para o cinema e estrelada pelo ator Keanu Reeves, que fez grande sucesso de bilheteria, inclusive no Brasil. A ficção propunha que em um futuro próximo os seres humanos seriam utilizados como baterias para geração de energia, vivendo em cativeiro em estado de consciência vegetativo e conectados a um sistema que gerava sonhos para que elas acreditassem que realmente viviam a realidade virtual. No filme, o mocinho (Reeves) é uma espécie de “escolhido” para libertar as pessoas desse triste destino.
A realidade pode não ser exatamente igual à ficção, mas consegue ser bastante similar em alguns casos, como no caso da velha mídia no Brasil e o que passa pela cabeça de seus “formadores de opinião. Antes da internet, o monopólio da informação era algo quase intransponível, principalmente por causa de um tipo de pacto que une os principais veículos de comunicação do país e que se reflete em um tipo de solidariedade nefasta que eles mantém entre si, e que impede que um desmascare o outro quando agir desonestamente. Baseado nesse poder de escolher o que o brasileiro poderia ou não tomar conhecimento, eles viveram o auge do seu poder.
A internet mudou o esquema de distribuição da informação, e os veículos que se comportavam como atravessadores da notícia deixaram de ter o monopólio da geração de conteúdo e o poder de manipular sem correr riscos de serem desmascarados. Surpreende e muito a constatação de que mesmo se arriscando passar vergonha pública, as velhas raposas que outrora formavam opiniões, permanecem tentando criar o universo em fantasia, a despeito do interesse cada vez menor das pessoas em serem enganadas.
Um exemplo dessa insistência em tentar enganar foi o caso em que a FSP e a Globo tentaram corrigir a burrada que o Serra fez simulando ter recebido uma agressão em uma caminhada no Rio de Janeiro, inventando um objeto que teria atingido Serra e usando peritos para endossar a fraude, mas em poucas horas o vídeo estava dissecado e a farsa desmentida com provas incontestáveis. Mesmo arriscando um desgaste de grandes proporções com seus leitores e assinantes, a velha mídia seguiu bancando a versão da agressão desmascarada.
O presidente Lula termina o seu segundo mandato com recorde de aprovação, elegendo sua sucessora, com respeito e admiração de muitos chefes de estado, ou seja, com a sensação de dever comprido, mas se você ler a velha mídia vai pensar que o presidente está a beira de uma depressão e morrendo de medo de ser esquecido.
Lula e Dilma fizeram uma dupla e tanto. Juntos tocaram os principais programas do governo. Várias foram as situações em que o presidente Lula recorreu aos conselhos de Dilma, alguém brilhante como Lula sabe ouvir, principalmente as pessoas certas. Dilma já declarou dezenas de vezes que quer contar com os conselhos do presidente, e isso não tem nada de demérito para ela, pelo contrário, humildade é fundamental para quem exerce liderança, mas para os colunistas da velha mídia, Dilma estaria “desesperada” com a intenção de Lula em continuar fazendo política.
Para a velha mídia o governo está sempre em crise, está sempre com dificuldades em lidar com aliados. Depois de ser bombardeado, o ENEM se encaminha para sua fase derradeira a despeito de tantas previsões catastróficas, o Ministério da Educação conseguiu contornar todos os problemas ocorridos.
O Matrix deles teve a conseqüência de três eleições presidenciais perdidas para Lula (2) e Dilma. Pelo visto em vez de fazer um balanço para descobrir o que erraram e que se refletiu na derrota nas urnas, vão seguir cometendo os mesmos erros.
By: Blog do Len, via Comtexto livre
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