quarta-feira, 17 de novembro de 2010

DEM quer reforçar perfil conservador e ter candidato em 2014

A proposta de incorporação do DEM ao PMDB, atribuída ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), está morta e enterrada, mas serviu para reorganizar a tropa no partido. É o que dizem o presidente do DEM, Rodrigo Maia, e o pai dele, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, que apostam na unificação do partido com o plano de fortalecer o DNA conservador e deixar o papel de linha auxiliar do PSDB para construir candidatura própria à Presidência em 2014.
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"Essa hipotética proposta não existe mais. Até Kassab é contra", afirmou Cesar Maia ontem, em conversa com o Estado por e-mail, sobre a possibilidade de união com o PMDB. "Hoje, ninguém no DEM defende fusão com o PMDB. Nem no PMDB, segundo se diz." Maia também afasta qualquer chance de fusão com PSDB ou PPS.

O presidente de DEM e deputado reeleito Rodrigo Maia (RJ) disse ter conversado com Kassab, que compreendeu a inviabilidade da união com o PMDB. "Ele sabe que essa posição, nesse momento, não tem apoio no partido. Compreendeu que esse é o momento de refazer a unidade e pensar no futuro", disse ontem o deputado.

O flerte de Kassab com o PMDB levou Rodrigo a acertar os ponteiros com várias lideranças do partido. As conversas alinharam à proposta de fortalecimento ideológico, descolamento do PSDB e candidatura própria em 2014 líderes como o senador José Agripino (RN), reeleito em meio às baixas da oposição no Senado, e os deputados Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), Onyx Lorenzoni (RS) e Roberto Brant (MG).

O ex-prefeito Cesar Maia define a estratégia do DEM: "Reforçar sua coluna vertebral conservadora. Isso será feito." Ele cita o apoio do senador reeleito Demóstenes Torres (DEM-GO), que também declarou no fim de semana que o partido precisa assumir que é conservador e "deixar de ser satélite de outros partidos".
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