quarta-feira, 31 de março de 2010

soneto da fraude

Amigos, fiz um sonetinho, uma paródia do Soneto da Separação, do Vinícius.

De repente da queda fez-se a alta,
Misteriosa, estranha como a bruma,
E das bocas tristes, um sorriso.
Uma esperança chocha se alevanta.

De repente a pesquisa trouxe a nova,
Que da Folha desfez o último crédito.
Se a ficha falsa foi seu mérito,
Agora nada mais já nos espanta.

De repente, não mais que de repente
Fez-se alegre quem estava triste,
E campeão quem estava decadente.

Ninguém ainda quer ser o vice;
Mas com o Datafolha a seu lado,
Agora sim o Serra vai em frente.

Miguel do Rosário, do óleo d!diabo

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