"Somos antagônicos, temos posições diversas de um governo que não cumpre com a sua palavra. O partido tem que apresentar à sociedade uma posição clara de onde vai estar durante as eleições", disse o líder do DEMo na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC). A resolução aprovada pela Executiva Nacional do DEMo entra em vigor de imediato, mas passará a valer de fato no momento do registro das coligações perante a Justiça Eleitoral.
Segundo Bornhausen, o comando dos democratas terá poderes para intervir nos Estados que não seguirem a determinação - com a possibilidade de proibir eventuais uniões de petistas e democratas nas eleições regionais.
"Em casos de desobediência, a Executiva tem o direito de intervir nas eleições estaduais", disse o líder.
Pela tradição brasileira, apesar do combate entre governo e oposição no governo federal, muitas legendas oposicionistas se unem nos Estados e municípios com partidos governistas para conseguir eleger seus candidatos. Com a resolução do DEMo, os candidatos do partido ficam proibidos de formar coligações com o PT sob pena de ter que responder ao comando da legenda.
A decisão dos democratas, no entanto, não se estende aos demais partidos da oposição. "Cada macaco no seu galho, cada partido tem a sua forma de agir", disse Bornhausen.
Coligação
Em nível nacional, DEMo, PSDB e PPS vão firmar coligação em torno da candidatura do governador José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto. Em alguns Estados, porém, os partidos de oposição e da base seguem caminhos distintos das alianças federais para conseguir eleger seus candidatos. de Janeiro, por exemplo, os partidos de oposição vão apoiar o deputado Fernando Gabeira (PV) para o governo do Estado. O PV é aliado do PT em nível nacional, mas vai se unir a oposição, enquanto os petistas vão apoiar o governador Sérgio Cabral (PMDB) - candidato à reeleição.
Gabriela Guerreiro
Folha Online, em Brasília
A pergunta que fica no ar:
Quem do PT irá querer se coligar com o DEMo, partido corrupto em extinção?
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