domingo, 9 de junho de 2019

O meteoro somos nós


José Eustáquio Diniz Alves é professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Em recente artigo, ele revelou dados impressionantes sobre o crescimento da população e da economia nos últimos dois Jmil anos. Por exemplo:

Do ano 1 da Era Cristã até o ano 2000, a população mundial passou de cerca de 225 milhões de habitantes para 6 bilhões e a renda per capita global passou de US$ 467 para US 6.055.

Ou seja, no período, o PIB global foi de US$ 106 bilhões a US$ 36,3 trilhões. A população aumentou 26,5 vezes, enquanto a economia cresceu 342,7 vezes. A renda per capital mundial, por sua vez, aumentou 13 vezes.

Mas, ele alerta, esse crescimento não foi uniforme ao longo dos dois milênios:

Entre o início do século 19 e o final do século 20, a população mundial passou de 1 bilhão de habitantes para 6 bilhões, aumentando 6 vezes. Já a renda per capita passou de US$ 667 para US $ 6.055 em 2000. Um aumento de 9,1 vezes em dois séculos.

Durante o século 19, aconteceu a Revolução Industrial, que, para muitos, inaugura o Antropoceno. Trata-se de um período que teria proporcionado “um aumento significativo do padrão de vida” da humanidade. Mas, diz o autor, “às custas do empobrecimento da natureza e do holocausto biológico dos demais seres vivos do Planeta”.

Por isso, conclui Alves, pessimista:

O “meteoro” que está provocando uma grande extinção de espécies no Antropoceno e gerando mudanças climáticas catastróficas se chama ser humano, que parece buscar o mesmo destino dos dinossauros.

Agora, vá dizer isso aos “terraplanistas”!

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