Várias placas às margens das rodovias estaduais das cidades do chamado Circuito das Águas Paulista informam que as obras de modernização desses caminhos que trazem, semanalmente, milhares de turistas à região, demorariam 18 meses. O problema é que, iniciadas há uns 3 anos, ou seja, o dobro do tempo prometido para seu fim, elas ainda não estão concluídas: em alguns trechos, o asfalto é aquele velho, de mais de 20 anos atrás, o acostamento inexiste, e a sinalização, horizontal e vertical, está em ruínas.
Peguei esse exemplo das estradas nos arredores da cidade onde resido, Serra Negra, porque ele me lembra de um fato, aparentemente inexplicável, que ocorre com a administração tucana, que reina absoluta no Estado de São Paulo por duas longas décadas: a total, absoluta e completa incapacidade de construir obras físicas - além das estradas, linhas de metrô, porto, aeroportos, usinas hidrelétricas, represas, qualquer coisa que tenha cheiro ou lembre cimento, asfalto, concreto.
É incrível!
Os tucanos, além de outras idiossincrasias, como detestar movimentos populares, sindicatos, professores e pobres em geral, têm uma total aversão a levantar obras de infraestrutura, justamente essas que mais aparecem para os eleitores.
Os mais velhos, como eu, devem se lembrar da compulsão que Paulo Maluf tinha em erguer viadutos e escavar túneis na capital paulista, creio, por duas razões meio óbvias: os monstrengos davam a impressão de que ele estava realizando alguma coisa e eram excelente meio para que se praticasse intensamente, o esporte mais popular entre os administradores brasileiros, públicos e privados, de variados níveis, a propina, também conhecida pelos nomes de bola, cafezinho, pedágio...
Pode parecer uma contradição, mas esse desprezo dos tucanos pelas obras de infraestrutura não significa que eles tenham se esquecido dos ensinamentos de mestres como Paulo Maluf.
Se a gente for pensar, quanto mais duram os trabalhos de modernização de uma estrada, ou da construção de uma linha de metrô, mais possibilidades existem para que o entra e sai de dinheiro ocorra.
Sabe como é, diz a empreiteira, choveu demais, fez seca de menos, a conjuntura econômica atrapalhou, o cachorro latiu - e não deu para cumprir o prazo estabelecido em contrato.
Portanto...
Que tal a gente fazer um aditivo?
Que tal a gente estabelecer novos prazos e, é claro, novos valores?
Afinal, o dinheiro não sai do nosso bolso, sai do contribuinte, esse paspalho que não tem a menor ideia sobre o destino do que paga de impostos.
"Governar é construir estradas" - esse era o lema do governo de Washington Luís, lá na velha República.
Os tucanos, pelo visto, foram além: eles gostam mesmo é de fingir que constroem...
Peguei esse exemplo das estradas nos arredores da cidade onde resido, Serra Negra, porque ele me lembra de um fato, aparentemente inexplicável, que ocorre com a administração tucana, que reina absoluta no Estado de São Paulo por duas longas décadas: a total, absoluta e completa incapacidade de construir obras físicas - além das estradas, linhas de metrô, porto, aeroportos, usinas hidrelétricas, represas, qualquer coisa que tenha cheiro ou lembre cimento, asfalto, concreto.
É incrível!
Os tucanos, além de outras idiossincrasias, como detestar movimentos populares, sindicatos, professores e pobres em geral, têm uma total aversão a levantar obras de infraestrutura, justamente essas que mais aparecem para os eleitores.
Os mais velhos, como eu, devem se lembrar da compulsão que Paulo Maluf tinha em erguer viadutos e escavar túneis na capital paulista, creio, por duas razões meio óbvias: os monstrengos davam a impressão de que ele estava realizando alguma coisa e eram excelente meio para que se praticasse intensamente, o esporte mais popular entre os administradores brasileiros, públicos e privados, de variados níveis, a propina, também conhecida pelos nomes de bola, cafezinho, pedágio...
Pode parecer uma contradição, mas esse desprezo dos tucanos pelas obras de infraestrutura não significa que eles tenham se esquecido dos ensinamentos de mestres como Paulo Maluf.
Se a gente for pensar, quanto mais duram os trabalhos de modernização de uma estrada, ou da construção de uma linha de metrô, mais possibilidades existem para que o entra e sai de dinheiro ocorra.
Sabe como é, diz a empreiteira, choveu demais, fez seca de menos, a conjuntura econômica atrapalhou, o cachorro latiu - e não deu para cumprir o prazo estabelecido em contrato.
Portanto...
Que tal a gente fazer um aditivo?
Que tal a gente estabelecer novos prazos e, é claro, novos valores?
Afinal, o dinheiro não sai do nosso bolso, sai do contribuinte, esse paspalho que não tem a menor ideia sobre o destino do que paga de impostos.
"Governar é construir estradas" - esse era o lema do governo de Washington Luís, lá na velha República.
Os tucanos, pelo visto, foram além: eles gostam mesmo é de fingir que constroem...
http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2015/06/a-incrivel-aversao-dos-tucanos-as-obras.html#more
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