Fernando Brito, Tijolaço
"O distinto amigo e a querida amiga não lerão, por certo, amanhã, nos jornais, uma manchete assim:
Petrobras ganha, desde janeiro, 20% de seu valor de mercado
Mas, tenho certeza, já leu e leria, manchetes iguais, se isso fosse perda.
Claro que a Petrobras está – e muito – no negativo, mas a marotice estatística permitiria fazer “pior”: comparar com os R$ 8,04 de 30 de janeiro e dizer que, de lá para cá, a valorização foi de 35%.
Malandragens, meu caro leitor, que macaco velho de jornal conhece de cor e salteado, embora muitos dos de hoje o façam achando que é grande coisa.
Dá para fazer até como no gráfico aí em cima, que reúne as cotações na Bolsa de Nova York, mostrando que as ADR da Petrobrás, por lá, só valorizaram menos que a da British Petroleum (11,52% contra 12,05%) e muito mais do que as da Shell (-2,81%) , da Total (5,96%), da Conoco-Philips (3,85%) , da Chevron (0,56%) ou da Exxon (-5,5%).
Embora bem embrulhadinha, mentira, para enganar otários.
Isto é, na correria para vender a quase onze o que outro dia se comprou a oito?
Porque a Petrobras, até as pedras da calçada diante da Bovespa sabem, está barata, depreciada muito além de seus problemas reais.
E que petróleo, da qual ela está cheia, a 50 dólares por barril é uma bobagem artificialmente mantida pelo jogo de forças internacional.
Mas isso já foi “precificado” e muito, muito além dos prejuízos reais de Costas, Baruscos e Youssefs.
E vai ser “desprecificado”, anotem.
Manchetes recicladas, como a de O Globo
A turma da bufunfa, que de otária não tem nada, segue nas suas “posições compradas” de Petrobras.
Os otários, que vão bater panela, fazem-lhes um favor.
Mas, taí, se eu fosse fazer um slogan
Amanhã vai ser maior, amanhã vai ser maior."
Nenhum comentário:
Postar um comentário