Bombardier, fornecedora dos trens do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô, é investigada por supostamente integrar cartel |
Helena Sthephanowitz, Blog da Helena / RBA
A Bombardier é fornecedora dos trens do monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô paulista e investigada por supostamente integrar o cartel. Nesta linha do Metrô está a estação Vila Prudente, listada na planilha apreendida com Youssef em março pela Polícia Federal, ao lado da cifra de R$ 7,9 milhões, suspeita de referir-se a propina.
“Apurou-se que dentro da conta da offshore Santa Tereza, na Suíça, há quatro subcontas (denominadas Fiança, C/C, Premier e Sanko), todas controladas pela organização criminosa de Youssef e utilizadas para as práticas delitivas. Assim, por exemplo, no extrato da subconta Sanko Sider aparecem depósitos que também aparentam ser relacionados à corrupção de funcionários públicos brasileiros: Bombardier, OAS Investments, Cimentos Tupi (…)”, afirma o MPF em relatório.
A Bombardier afirmou em nota que "jamais manteve contato com a empresa Santa Tereza ou qualquer outra companhia pertencente ao Sr. Alberto Youssef".
Em 2013, a Bombardier Inc. realizou uma emissão de títulos para captação de recursos na forma de bonds
O Ministério Público Estadual de São Paulo abriu investigação prévia dos fatos que apareceram recentemente durante a investigação federal da Lava Jato que apontam para crimes na esfera estadual. É possível que o órgão paulista chegasse aos mesmos fatos bem antes se tivesse dedicado mais atenção ao escândalo da Alstom e da Siemens, denunciado no exterior desde 2008. A cerimônia cheia de não me toques com que alguns procuradores paulistas tratam autoridades tucanas tem feito muito mal à proteção dos cofres públicos paulistas.
Mesmo depois de ter uma conta bloqueada na Suíça, e de ser acusado de receber propina da Alstom, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, ex-companheiro do governador Alckmin no PSDB, continuou no cargo até recentemente aprovando as contas do governo tucano, inclusive relativas aos trens investigados. Se houvesse maior rigor dos procuradores e magistrados que cuidaram do caso, considerariam a recusa em se afastar deste cargo de controle enquanto investigado uma forma de colocar obstáculos às apurações, motivando até mesmo pedido de prisão preventiva."
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