"Olhando para a frente, a situação de São Paulo é preocupante, é grave, e temos que torcer pelo melhor, mas estar preparados para o pior", disse Jerson Kelman, novo presidente da Sabesp; ele lembrou que as pancadas de chuva de verão não têm sido fortes o suficiente para recuperar os níveis do Sistema Cantareira; "é preciso deixar claro para manter sempre esclarecida a população de que essas chuvas intensas e curtas não resolvem o problema"; ele pediu que a população continue economizando o máximo possível para evitar medidas mais drásticas em 2015
Brasil 247
A situação hídrica de São Paulo ainda é crítica, apesar dos temporais que têm marcado este início de verão em São Paulo.
Quem afirma é o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, que concedeu uma importante entrevista ao jornalista Artur Rodrigues, da Folha de S. Paulo (leia aqui a íntegra).
"Olhando para a frente, a situação de São Paulo é preocupante, é grave, e temos que torcer pelo melhor, mas estar preparados para o pior", disse ele.
Kelman pediu ainda para que a população continue economizando, a despeito das imagens do noticiário de verão, que mostram enchentes e carros boiando em São Paulo.
"O que poderia acontecer de ruim é você ter uma enchente, carros boiarem, essas coisas que acontecem no verão, e ter um efeito colateral indesejável que seria a população imaginar que o problema está resolvido e relaxar na postura que está tendo de uso econômico da água."
Segundo ele, o uso consciente da água é crucial para evitar medidas mais drásticas em 2015.
Ontem, ao tomar posse para mais um mandato, o governador Geraldo Alckmin se colocou como principal voz da oposição, no cenário político nacional.
Pré-candidato à presidência da República em 2018, ele precisa, antes, solucionar a crise de abastecimento de água no estado mais próspero do País para levar adiante suas pretensões.
A atuação de Kelman, portanto, será decisiva para o futuro de Alckmin. Ontem, o Sistema Cantareira operava a 7,2% de sua capacidade."
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