As fotos que correm o mundo, imagens estáticas de um vídeo, não são o que aparentam.
Nelas, dois homens, um vestindo laranja, ajoelhado, outro, de preto, em pé, olham para a câmera.
O que veste laranja tem uma expressão serena; o de preto usa uma máscara.
As fotos nada revelam além de dois homens numa paisagem desértica.
Mas o vídeo é assustador, obsceno, uma afronta à dignidade humana.
A decapitação do jornalista James Foley pelos fanáticos enlouquecidos do Estado Islâmico é mais uma prova da incapacidade do ser humano de preservar a sua espécie.
Ou de incessantemente tentar aniquilá-la.
Não há dúvidas sobre o que são os militantes do EI: assassinos, nada mais, nada menos.
Não há dúvidas também sobre os motivos que levaram esses homens a tal estado de barbárie: ignorância, nada mais, nada menos.
Mas ignorância causada por essa desgraça chamada religião.
Um homem inocente de qualquer crime é decapitado em frente a uma câmera - em nome de deus, um deus entre inúmeros outros.
A milhares de quilômetros de distância do local desse crime, o presidente dos Estados Unidos, a nação mais poderosa do planeta, lamenta a morte de seu conterrâneo e diz que o EI é um "câncer".
Não revela, em seu discurso, porém, que esses assassinos se tornaram fortes a ponto de conquistar enormes porções do Iraque e da Síria graças ao armamento sofisticado "made in USA" que ganharam dos americanos para derrubar Bashar Al Assad e dos xeques petrolíferos inimigos dos muçulmanos xiitas - por sua vez, parceiros de Barack Obama.
"Cria cuervos y te sacarán los ojos"...
Aqui no Brasil a violência que se vive é também repugnante e aparentemente incontrolável.
O país não enfrenta nenhuma guerra, nenhuma revolução, mas nele também são cometidos diariamente assassinatos tão ou mais brutais quanto esse do EI. A violência é um dos traços mais marcantes do brasileiro e ela é encampada tanto pelos que agem fora das leis quanto pelos que, supostamente, deveriam ser os seus guardiães.
A polícia brasileira é uma das mais brutais do mundo, a tortura ainda é prática habitual nas delegacias, a atuação dos nossos policiais equivale à dos mais sádicos criminosos, a Justiça é um poder praticamente sem mecanismos de controle.
A corrupção, uma outra forma de violência, é moeda corrente em todas as esferas da sociedade.
E, na política, que deveria ser a mais importante manifestação social, a atividade capaz de regular e disciplinar a vontade dos cidadãos, dando um sentido ao desejo de progresso e bem-estar para toda a nação, o que se vê é a mesquinharia se sobrepujar a qualquer outro valor ou sentimento.
Mesquinharia que beira o cinismo.
E que aflora em plena campanha eleitoral, ao ponto de a candidata à vice-presidência do PSB afirmar que foi a "providência divina" que não quis que ela estivesse no avião que se estatelou no chão, matando, entre vários outros, o candidato presidencial do partido.
A "providência divina", como se depreende da declaração da agora candidata presidencial, foi capaz de matar sete pessoas num acidente aeronáutico.
Será que é a mesma "providência divina" que guia as mãos dos loucos assassinos do EI na direção dos hediondos crimes que cometem?
Nelas, dois homens, um vestindo laranja, ajoelhado, outro, de preto, em pé, olham para a câmera.
O que veste laranja tem uma expressão serena; o de preto usa uma máscara.
As fotos nada revelam além de dois homens numa paisagem desértica.
Mas o vídeo é assustador, obsceno, uma afronta à dignidade humana.
A decapitação do jornalista James Foley pelos fanáticos enlouquecidos do Estado Islâmico é mais uma prova da incapacidade do ser humano de preservar a sua espécie.
Ou de incessantemente tentar aniquilá-la.
Não há dúvidas sobre o que são os militantes do EI: assassinos, nada mais, nada menos.
Não há dúvidas também sobre os motivos que levaram esses homens a tal estado de barbárie: ignorância, nada mais, nada menos.
Mas ignorância causada por essa desgraça chamada religião.
Um homem inocente de qualquer crime é decapitado em frente a uma câmera - em nome de deus, um deus entre inúmeros outros.
A milhares de quilômetros de distância do local desse crime, o presidente dos Estados Unidos, a nação mais poderosa do planeta, lamenta a morte de seu conterrâneo e diz que o EI é um "câncer".
Não revela, em seu discurso, porém, que esses assassinos se tornaram fortes a ponto de conquistar enormes porções do Iraque e da Síria graças ao armamento sofisticado "made in USA" que ganharam dos americanos para derrubar Bashar Al Assad e dos xeques petrolíferos inimigos dos muçulmanos xiitas - por sua vez, parceiros de Barack Obama.
"Cria cuervos y te sacarán los ojos"...
Aqui no Brasil a violência que se vive é também repugnante e aparentemente incontrolável.
O país não enfrenta nenhuma guerra, nenhuma revolução, mas nele também são cometidos diariamente assassinatos tão ou mais brutais quanto esse do EI. A violência é um dos traços mais marcantes do brasileiro e ela é encampada tanto pelos que agem fora das leis quanto pelos que, supostamente, deveriam ser os seus guardiães.
A polícia brasileira é uma das mais brutais do mundo, a tortura ainda é prática habitual nas delegacias, a atuação dos nossos policiais equivale à dos mais sádicos criminosos, a Justiça é um poder praticamente sem mecanismos de controle.
A corrupção, uma outra forma de violência, é moeda corrente em todas as esferas da sociedade.
E, na política, que deveria ser a mais importante manifestação social, a atividade capaz de regular e disciplinar a vontade dos cidadãos, dando um sentido ao desejo de progresso e bem-estar para toda a nação, o que se vê é a mesquinharia se sobrepujar a qualquer outro valor ou sentimento.
Mesquinharia que beira o cinismo.
E que aflora em plena campanha eleitoral, ao ponto de a candidata à vice-presidência do PSB afirmar que foi a "providência divina" que não quis que ela estivesse no avião que se estatelou no chão, matando, entre vários outros, o candidato presidencial do partido.
A "providência divina", como se depreende da declaração da agora candidata presidencial, foi capaz de matar sete pessoas num acidente aeronáutico.
Será que é a mesma "providência divina" que guia as mãos dos loucos assassinos do EI na direção dos hediondos crimes que cometem?
sugado do: http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2014/08/a-providencia-divina-la-e-ca.html
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