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Como é sabido, a virada de cocho de Marina Silva teve e terá consequências. Tanto para ela, quanto para os envolvidos em seu joguinho particular de xadrez.
Marina, que se dizia tão socialista, tão povo e tão contra o "liberalismo" do PT, deixou cair a máscara e sem vergonha, debandou faceira para a direitona brasileira. A mesma que ela criticou durante toda a vida, cujos aliados, torturaram e mataram seu amigo Chico Mendes, desmataram boa parte da Floresta Amazônica e defendem, incontinenti, o trabalho escravo e a exploração do homem pelo homem.
Eu sempre tive comigo que você deve desconfiar de qualquer radical. Seja ele da direita, seja ele da esquerda. Na melhor oportunidade ele te passa a perna, porque se é radical, nunca olha o ponto-de-vista dos outros. Se não olha, é porque não se importa. E se não se importa, é que só pensa em sí.
Daí fica fácil posar de ambientalista e utilizar do dinheiro e do jatinho da Natura pra fazer campanha milionária à presidência.
Mas isso já aconteceu antes, e vai continuar acontecendo. Faz parte da democracia termos gente disposta a nos engambelar.
Bem, a aliança de Marina com Campos ("Marinampos"), cujo partido abriga Jorge Bornhausen e Heráclito Fortes, acaba de fazer suas primeiras vítimas. Os palanques estaduais. Ora, o PSB destes honoráveis senhores estava apoiando, claroooooo, o PSDB. Diversos são os lugares do Brasil onde eles inclusive, se confundem. São unha e carne. Em tese, o "socialista" do nome do PSB deveria pressupor que não apoiariam vendilhões da pátria como os tucanos. Mas claro, isso é só trololó. O que interessa mesmo é ganhar a eleição e transformar tudo num bordel.
Claro que isso é questão de tempo. Como já dito aqui e em alguns outros lugares da internet, esse festerê da mordina dos Marinampos só vai durar até começar a doer de verdade na tucanada, que manda de fato no imprensalão brasileiro. Ainda estão atordoados, mas tão logo a cúpula do PSDB se reúna com os globais, folhais e vejais, delinearão um plano de ação para demonizar os Marinampos e colocá-los em seu devido lugar. E por quê? Porque é possível que os tucanos sequer cheguem ao segundo turno, o que na prática, lhes reservaria o mesmo fim melancólico do PFL, que mudou de nome, mas não parou de perder filiados, representatividade e poder.
E isso, naturalmente, eles não vão tolerar. A elite quatrocentona não vai aguentar ficar longe das tetas governamentais federais por mais 4 ou 8 anos, como diz a lógica. Ajudaram a criar tanto Campos quanto Marina, que eram dois zé-ninguém, para minar o PT e tentar forçar um segundo turno dos lulistas com algum tucano. Tiro no pé, como acabamos de ver.
De resto, sempre vale relembrar. Se os Marinampos ganhassem as eleições presidenciais, com quem será que eles iam governar?
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