terça-feira, 13 de março de 2012

O terror pode voltar ao Brasil?

                                                                                                                                                                                                                            Luis Nassif Online
Por JB Costa
Comentário do post "Psicanalista italiano teme volta do fascismo na Europa"

E no Brasil? Há riscos? Estamos infensos ao retorno de uma eventual aventura autocrática? O que efetivamente dá-nos certeza de que a nossa democracia é sólida o bastante para repelir movimentos da espécie?

Estarão nossas instituições assim tão consolidadas? Será que nossa (aparente?) tranquilidade e normalidade democrática não se deve muito à questão econômica? Passaremos por testes como hiperinflação, recessões e  seu efeitos no desemprego e na falta de perspectivas?

Por que esses questionamentos? A divagação é assim tão despropositada? Acho que não.

Percebe-se na classe média em geral, com ênfase maior nas regiões desenvolvidas, um sentimento fascista latente; em potência. A total descrença nas instituições e na arte da Política como mediadora dos conflitos numa sociedade democrática é o mais preocupante. Sim, em todos os tempos e lugares os políticos foram e continuam sendo avaliados com desconfiança dada, sejamos justos, às nuances das suas práticas muitas vezes à margem da ética e da moral comum. Mas no Brasil esse viés assumiu caráter constante e, parece, irreversível. 

Há, em paralelo, os movimentos conservadores das mais diversas origens e estirpes, em especial os vinculados às igrejas cristãs, onde certamente valores que dizem respeito aos seus ideários estão bem acima dos ditos democráticos. Ou alguém duvida que uma pregação autoritária não ecoará junto a esse segmento se calcada em referências tão cara a eles como aborto, homossexualismo e temas afins? 
Causa preocupação o apoio e, mais ainda, a quase satisfação de ponderável naco da sociedade civil com esse motim dos militares da reserva contra as autoridades legitimamente constituídas. Em nenhum país democrático do mundo tal postura seria aceita. A começar pela imprensa.

Aqui, não, a indisciplina foi apreendida e ecoada como algo mais do que normal: necessário. As vivandeiras ficaram mais assanhadas do que nunca.

Não seria o caso de botarmos as nossas barbas de molho?  


 O Esquerdopata

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