terça-feira, 23 de março de 2010
Dissidente inicia greve de fome
Em 2006 um dissidente do estado brasileiro entrou em greve de fome, da mesma forma que o cubano Farinas.
O portal Terra cobriu o fato.
Cícero Afonso
Direto de Presidente Prudente
O líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, o Marcola, e pelo menos mais 40 detentos recolhidos no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, São Paulo, iniciaram uma greve de fome nesta segunda-feira, por tempo indeterminado. A decisão ocorreu possivelmente pela insatisfação dos presos com as recentes reformas feitas na carceragem.
A decisão, tomada pelos detentos de alta periculosidade, inclui também outros membros do PCC como Júlio César Guedes, o 'Julinho Carambola', Roberto Soriano, o 'Betinho Tiriça' e outros recusaram as refeições nesta segunda-feira. Eles não aceitaram o café da manhã, nem almoço e jantar - cujo cardápio incluía arroz, feijão lingüiça com queijo, polenta frita, salada e goiabada como sobremesa.
Apenas 13 refeições foram recebidas pelos presos. Os líderes Robson Lima Ferreira, o 'Marcolinha', e Orlando Mota Junior, o 'Macarrão', continuam se alimentando normalmente. Acredita-se que os dois devem liderar as possíveis negociações, que serão coordenadas pelo seqüestrador chileno Maurício Norambuena, o 'Comandante Ramirez'.
Este detento atua como mentor no alto escalão do PCC e comandou o seqüestro do publicitário Washington Olivetto.
Transferências
Em julho, houve uma briga entre os presos, que destruíram louças sanitárias, vidros das janelas e as telas das ventanas. A maioria foi retirada da unidade por cerca de dois meses e levada para Avaré, enquanto a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) realizava uma ampla reforma na unidade.
Eles foram removidos de volta na quarta-feira, dia 1º de novembro, e não teriam gostado das modificações feitas durante a reforma. Agora, as janelas contam com uma chapa de metal perfurada rente às janelas das celas, que reduz a entrada de luminosidade.
As mesmas chapas também substituíram as telas nas ventanas, o que teria diminuído a entrada de ar nas celas e aumentado o calor.
Além das modificações, foi construído um novo corredor cercado por grades que separa os agentes dos sentenciados durante as saídas para revistas e banhos de sol.
Os presos se negam a confirmar os motivos da decisão: "disseram que vamos saber em breve, através da imprensa", afirmou um funcionário que preferiu não se identificiar.
Redação Terra
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