Do Valor:
A confiança dos investidores nos próximos passos da agenda econômica foi prejudicada nos últimos dias pela sequência de deslizes do governo de Jair Bolsonaro. Da ingerência na Petrobras à falta de articulação política com o Congresso, o panorama político impõe uma dose reforçada de cautela e um nível mais elevado de prêmio de risco aos mercados locais.
Hoje, o dólar comercial fechou em alta de 0,85%, aos R$ 3,9349, depois de bater R$ 3,9471 na máxima do dia. Já o juro longo medido pelo DI para janeiro de 2025 subiu de 8,800% para 8,830% no fechamento. Evidência do momento de apreensão, o dólar e os juros de longo prazo subiram ao maior nível desde 27 de março, quando Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, trocaram farpas numa disputa de poder que, para profissionais de mercado, poderia resvalar na reforma da Previdência.
Desta vez, o que evidenciou a fragilidade da administração Bolsonaro foi a demora no andamento da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro colegiado que avalia o texto. De acordo com profissionais de mercado, essa seria, em tese, a etapa mais fácil do caminho da reforma, já que o CCJ só deveria avaliar a validade constitucional da medida.
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