A Educação Pública apresenta, atualmente, deficiências e é comprovada em todos os mecanismos que auferem sua qualidade. Em muito se fala que a resolução dos problemas, da falta de qualidade da Educação Pública, seria resolvida se implantando Educação Integral em todas as escolas e quando ouço essas falas e vejo as propagandas, apresentações de seminários, as orientações pedagógicas e os poucos projetos de implantação dessas tão decantadas Escolas de Educação integral, eu sempre me lembro que alguns anos atrás se fazia uma propaganda massiva, com os seguintes dizeres: toda criança na escola.
No período desta campanha de “toda criança na escola”, eu sempre me perguntava: fazendo o quê? E por que sempre fazia essa pergunta? Neste período, se encheu as sala de aulas de crianças e só. Os resultados dessa campanha de se colocar as crianças na escola não se resolveu o problema da qualidade de ensino e não acabou com o analfabetismo. As salas de aulas ficaram repletas de crianças, mas a qualidade do ensino será a mesma e agora agravada pelo fato de se colocar um número de crianças maior que devia em sala de aulas, ou seja, a escola virou um depósito de crianças retiradas das ruas.
Em alguns municípios, já estão implantando o que seria (ou será!) a tão propalada Escola de Educação Integral. Os alunos ficam o dia todo na escola, com direito ao almoço e tudo mais. Observando-se algumas unidades escolares em funcionamento se fazem necessários alguns questionamentos:
Como é a estrutura dessas escolas onde os alunos ficam o dia todo (tempo integral)?
Se a estrutura administrativa, organizacional e física dessas escolas continuam as mesmas das chamadas escolas tradicional, os mesmos problemas existentes anteriormente irão permanecer!
A quantidade de alunos, por sala de aula, continua a mesma das escolas dita de ensino regular?
Se a quantidade de alunos por turmas forem as mesmas, os professores terão as mesmas dificuldades para controlar os alunos pelo excesso de quantidade. As poucas escolas que já implantaram esse novo modelo, certamente irão continuar com o mesmo número de alunos por turma. Tanto é que as unidades existentes são escolas que apenas foram adaptadas para esse novo modelo e visivelmente se percebe que não foram ampliados o número de salas de aulas.
Os professores tiveram capacitação e foram atualizados?
Se os professores continuarem desatualizados irão continuar lecionando com conteúdos e com as mesmas práticas anteriores. As poucas capacitações existentes são as mesmas que foram programadas para as escolas tradicionais e continuaram a serem aplicados para os atuais professores lotados nessas escolas com o novo regime.
Como foram preenchidos os horários extras que os alunos permanecem nestas escolas?
Se os horários extras para tornar as escolas com turno integral (manhã e tarde) forem preenchidos somente com atividades recreativas, os alunos apenas deixaram de se divertir em casa e na rua e passarão a se divertir nas escolas.
O mais interessante, é que se percebe que não terão atividades para uma Educação Intergral, olhando os mesmos itens da resposta anterior. Se não construíram mais salas de aulas, onde serão as novas atividades de cultura e lazer no novo modelo nestas novas escolas? Para se diminuir o número de alunos por turma e se colocar novas atividades, se faz necessárias contratações de mais professores e ampliação dos espaços, já existentes, nas escolas.
Essas escolas terão os equipamentos necessários (inclusive os da área de comunicação) ?
Os chamados “Laboratórios de Informática” foram implantados com os mesmos procedimentos dos laboratórios implantados anteriormente. Geralmente ficam obsoletos, são utilizados aleatoriamente (geralmente falta capacitação para o uso) e muitos ficam inutilizados por falta de manutenção. Esses laboratórios são mantidos, usados e organizados da mesma maneira das chamadas escolas tradicionais. As aulas nesses laboratórios tem de seguir um agendamento, devido a quantidade de computadores, serem desproporcionais a necessidade de uso por parte de alunos e professores.
Da maneira que estão implantando essas escolas, com a chamada Educação Integral, estão apenas criando meios para manter os alunos o dia inteiro nas escolas, da mesma maneira que anteriormente se fazia a propaganda de toda criança na escola. É como se o único interesse é retirar as crianças e adolescentes da rua e manterem ocupadas dentro dos muros destas escolas. O que está ocorrendo é que a implantação de Escola de Educação Integral, o termo que melhor utilizado seria “Escola de Tempo Integral”, são semelhantes ao divulgado no Projeto “Toda Criança na Escola”, e os resultados, provavelmente, serão iguais aos que se exigia na propaganda do MEC (Ministério da Educação e Cultura), com a diferença de que o tempo, que as crianças e adolescentes irão permanecer na escola, será mais bem mais elástico.
Não é necessário ser nenhum gênio para se perceber que essas novas unidades escolares, que estão sendo implantadas, não irá funcionar como Escola de Educação Integral e sim Escola em Tempo Integral. Para se colocar educação integral, visando a qualidade de ensino, se faz necessário ampliação das atuais escolas (salas de aulas e áreas para lazer e esporte) e também do quadro de pessoal (professores e pessoal administrativo). Somente no item redução de alunos por turmas, o número das salas de aulas teria de ser ampliadas praticamente em dobro e ainda teria de se criar novas salas (além das quadras esportivas) para colocação das novas atividades culturais e de lazer. Um bom exemplo seria as aulas, de músicas, que exigirão novas salas e novos professores para esta disciplina.
No período desta campanha de “toda criança na escola”, eu sempre me perguntava: fazendo o quê? E por que sempre fazia essa pergunta? Neste período, se encheu as sala de aulas de crianças e só. Os resultados dessa campanha de se colocar as crianças na escola não se resolveu o problema da qualidade de ensino e não acabou com o analfabetismo. As salas de aulas ficaram repletas de crianças, mas a qualidade do ensino será a mesma e agora agravada pelo fato de se colocar um número de crianças maior que devia em sala de aulas, ou seja, a escola virou um depósito de crianças retiradas das ruas.
Em alguns municípios, já estão implantando o que seria (ou será!) a tão propalada Escola de Educação Integral. Os alunos ficam o dia todo na escola, com direito ao almoço e tudo mais. Observando-se algumas unidades escolares em funcionamento se fazem necessários alguns questionamentos:
Como é a estrutura dessas escolas onde os alunos ficam o dia todo (tempo integral)?
Se a estrutura administrativa, organizacional e física dessas escolas continuam as mesmas das chamadas escolas tradicional, os mesmos problemas existentes anteriormente irão permanecer!
A quantidade de alunos, por sala de aula, continua a mesma das escolas dita de ensino regular?
Se a quantidade de alunos por turmas forem as mesmas, os professores terão as mesmas dificuldades para controlar os alunos pelo excesso de quantidade. As poucas escolas que já implantaram esse novo modelo, certamente irão continuar com o mesmo número de alunos por turma. Tanto é que as unidades existentes são escolas que apenas foram adaptadas para esse novo modelo e visivelmente se percebe que não foram ampliados o número de salas de aulas.
Os professores tiveram capacitação e foram atualizados?
Se os professores continuarem desatualizados irão continuar lecionando com conteúdos e com as mesmas práticas anteriores. As poucas capacitações existentes são as mesmas que foram programadas para as escolas tradicionais e continuaram a serem aplicados para os atuais professores lotados nessas escolas com o novo regime.
Como foram preenchidos os horários extras que os alunos permanecem nestas escolas?
Se os horários extras para tornar as escolas com turno integral (manhã e tarde) forem preenchidos somente com atividades recreativas, os alunos apenas deixaram de se divertir em casa e na rua e passarão a se divertir nas escolas.
O mais interessante, é que se percebe que não terão atividades para uma Educação Intergral, olhando os mesmos itens da resposta anterior. Se não construíram mais salas de aulas, onde serão as novas atividades de cultura e lazer no novo modelo nestas novas escolas? Para se diminuir o número de alunos por turma e se colocar novas atividades, se faz necessárias contratações de mais professores e ampliação dos espaços, já existentes, nas escolas.
Essas escolas terão os equipamentos necessários (inclusive os da área de comunicação) ?
Os chamados “Laboratórios de Informática” foram implantados com os mesmos procedimentos dos laboratórios implantados anteriormente. Geralmente ficam obsoletos, são utilizados aleatoriamente (geralmente falta capacitação para o uso) e muitos ficam inutilizados por falta de manutenção. Esses laboratórios são mantidos, usados e organizados da mesma maneira das chamadas escolas tradicionais. As aulas nesses laboratórios tem de seguir um agendamento, devido a quantidade de computadores, serem desproporcionais a necessidade de uso por parte de alunos e professores.
Da maneira que estão implantando essas escolas, com a chamada Educação Integral, estão apenas criando meios para manter os alunos o dia inteiro nas escolas, da mesma maneira que anteriormente se fazia a propaganda de toda criança na escola. É como se o único interesse é retirar as crianças e adolescentes da rua e manterem ocupadas dentro dos muros destas escolas. O que está ocorrendo é que a implantação de Escola de Educação Integral, o termo que melhor utilizado seria “Escola de Tempo Integral”, são semelhantes ao divulgado no Projeto “Toda Criança na Escola”, e os resultados, provavelmente, serão iguais aos que se exigia na propaganda do MEC (Ministério da Educação e Cultura), com a diferença de que o tempo, que as crianças e adolescentes irão permanecer na escola, será mais bem mais elástico.
Não é necessário ser nenhum gênio para se perceber que essas novas unidades escolares, que estão sendo implantadas, não irá funcionar como Escola de Educação Integral e sim Escola em Tempo Integral. Para se colocar educação integral, visando a qualidade de ensino, se faz necessário ampliação das atuais escolas (salas de aulas e áreas para lazer e esporte) e também do quadro de pessoal (professores e pessoal administrativo). Somente no item redução de alunos por turmas, o número das salas de aulas teria de ser ampliadas praticamente em dobro e ainda teria de se criar novas salas (além das quadras esportivas) para colocação das novas atividades culturais e de lazer. Um bom exemplo seria as aulas, de músicas, que exigirão novas salas e novos professores para esta disciplina.
Antônio Carlos Vieira (SEED-SE)
via: http://www.carlosgeografia.com.br/2017/02/escola-integral-x-educacao-integral.html
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