O Brasil é o país dos contrastes, dizem.
Acrescento: é o país das contradições.
Se não, como explicar:
1) Pessoas que nunca passaram dificuldades em suas vidas baterem panelas vazias, símbolo de carência material, como protesto contra o governo federal?
2) Que se peça a volta da ditadura, em plena democracia?
3) Que se vá às igrejas, ouvir sermões sobre o imperativo do amor entre os homens, e depois erguer cartazes, em manifestações de rua, lamentando que a ditadura deveria ter matado "todos" - uma clara referência aos "comunistas"?
4) Gente que completou a educação formal dizer que o PT, partido que, no governo federal, mais lucros deu a banqueiros e empresários, é "comunista" ou "bolivariano", seja lá o que isso signifique?
5) Gritar contra a corrupção dos políticos - do PT -, mas votar em notórios corruptos e praticar, no dia a dia, toda sorte de pequenos crimes, ilegalidades, e mesmo corrupções?
6) Proclamar a excelência da meritocracia, mas sair dando tiros em miseráveis haitianos, sob a alegação que eles "roubam os empregos dos brasileiros"?
7) Se indignar com o beijo gay da novela, mas apoiar o linchamento do suspeito, invariavelmente negro, de algum furto?
8) Que a sua vida tenha melhorado nos últimos anos, que tenha viajado mais, comido melhor, comprado mais bens de consumo, garantido financiamento para estudar numa faculdade, e mesmo assim odiar o governo dos "petralhas", responsáveis, em grande parte, por todos esses benefícios?
9) Agir, de dia, como um respeitável pai de família, "empreendedor", homem de negócios, para, à noite, usar o Facebook para vomitar as mais odiosas frases de apologia à violência, à intolerância, ao preconceito?
10) Xingar o prefeito que manda reduzir a velocidade dos veículos nas ruas para que menos pessoas morram ou fiquem feridas e o trânsito flua melhor, abominar a construção de ciclovias e de faixas exclusivas para ônibus, e reclamar que perde muito tempo para ir ao trabalho e que é difícil viver em sua cidade?
Mais que os efeitos de uma crise política ou econômica, muitos brasileiros estão sofrendo as consequências de uma grave crise nervosa, que deveriam ter tratado já nos primeiros sintomas.
Acrescento: é o país das contradições.
Se não, como explicar:
1) Pessoas que nunca passaram dificuldades em suas vidas baterem panelas vazias, símbolo de carência material, como protesto contra o governo federal?
2) Que se peça a volta da ditadura, em plena democracia?
3) Que se vá às igrejas, ouvir sermões sobre o imperativo do amor entre os homens, e depois erguer cartazes, em manifestações de rua, lamentando que a ditadura deveria ter matado "todos" - uma clara referência aos "comunistas"?
4) Gente que completou a educação formal dizer que o PT, partido que, no governo federal, mais lucros deu a banqueiros e empresários, é "comunista" ou "bolivariano", seja lá o que isso signifique?
5) Gritar contra a corrupção dos políticos - do PT -, mas votar em notórios corruptos e praticar, no dia a dia, toda sorte de pequenos crimes, ilegalidades, e mesmo corrupções?
6) Proclamar a excelência da meritocracia, mas sair dando tiros em miseráveis haitianos, sob a alegação que eles "roubam os empregos dos brasileiros"?
7) Se indignar com o beijo gay da novela, mas apoiar o linchamento do suspeito, invariavelmente negro, de algum furto?
8) Que a sua vida tenha melhorado nos últimos anos, que tenha viajado mais, comido melhor, comprado mais bens de consumo, garantido financiamento para estudar numa faculdade, e mesmo assim odiar o governo dos "petralhas", responsáveis, em grande parte, por todos esses benefícios?
9) Agir, de dia, como um respeitável pai de família, "empreendedor", homem de negócios, para, à noite, usar o Facebook para vomitar as mais odiosas frases de apologia à violência, à intolerância, ao preconceito?
10) Xingar o prefeito que manda reduzir a velocidade dos veículos nas ruas para que menos pessoas morram ou fiquem feridas e o trânsito flua melhor, abominar a construção de ciclovias e de faixas exclusivas para ônibus, e reclamar que perde muito tempo para ir ao trabalho e que é difícil viver em sua cidade?
Mais que os efeitos de uma crise política ou econômica, muitos brasileiros estão sofrendo as consequências de uma grave crise nervosa, que deveriam ter tratado já nos primeiros sintomas.
http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2015/08/contradicoes.html
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