"Relatório divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas destacou o Brasil como exemplo de sucesso na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa; documento produzido pela Union of Concerned Scientists (UCS) apresenta como o País fez as maiores reduções no desmatamento e nas emissões em todo o mundo; análise mostra a boa gestão no setor da presidente Dilma Rousseff e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao mesmo tempo em que derruba a tese da pré-candidata a vice Marina Silva, que aponta atraso ambiental do Brasil; hoje mesmo ela convoca, com o presidenciável Eduardo Campos, um "tuitaço contra o retrocesso ambiental"; evento virtual acontece na data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente
Brasil 247
A análise derruba a tese de "retrocesso ambiental" pregada pela pré-candidata a vice Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente. Ex-líder do Partido Verde, Marina sempre criticou as práticas ambientais do País. Hoje mesmo, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, ela convoca, junto com o presidenciável Eduardo Campos, seu parceiro de chapa, um "tuitaço contra o retrocesso ambiental" (leia mais aqui).
Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o relatório:
Brasil é principal exemplo de sucesso na redução do desmatamento, aponta ONU
Danilo Macedo – Um relatório divulgado hoje (5) na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, destacou o Brasil como exemplo de sucesso na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. Produzido pela Union of Concerned Scientists (UCS), com sede nos Estados Unidos, o documento intitulado "Histórias de sucesso no âmbito do desmatamento: nações tropicais onde as políticas de proteção e reflorestamento deram resultado" traz um capítulo dedicado ao Brasil, apresentado como o país que fez as maiores reduções no desmatamento e nas emissões em todo o mundo.
De acordo com o principal autor do trabalho, Doug Boucher, o caso brasileiro mostra que o desenvolvimento econômico não é prejudicado pela redução do desmatamento. "Por exemplo, as indústrias de soja e de carne bovina no Brasil prosperaram apesar das moratórias evitando o desmatamento". O relatório avalia que a derrubada da floresta, "vista no século 20 como algo necessário para o desenvolvimento e uma reflexão do direito do Brasil de controlar seu território, passou a ser vista como uma destruição de recursos devastadora e exploradora daquilo que constituía o patrimônio de todos os brasileiros".
Em relação ao futuro, no entanto, o relatório informa que duas mudanças em 2013 levantaram dúvidas sobre a continuidade do sucesso do país na área climática: as emendas ao Código Florestal Brasileiro que anistiam desmatamentos anteriores e o aumento de 28% na taxa de desmatamento entre 2012-2013 na comparação com o período 2011-2012. A avaliação do documento é que ainda é muito cedo para prever se este crescimento será uma tendência, mas ressalta que, embora o desmatamento tenha aumentado 28% no ano passado, em relação a 2012, ele foi 9% menor ao registrado em 2011 e 70% inferior à media entre 1996 e 2005.
"O Brasil inscreveu seu plano para reduzir o desmatamento em 80% em 2020 na lei nacional, mas para que haja um progresso continuado será necessário redobrar os esforços para reduzir as emissões" afirma o documento. "Nesse meio tempo, a redução do desmatamento da Amazônia já trouxe uma grande contribuição no combate à mudança climática, mais do que qualquer outro país na Terra", finaliza."
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