Uma vacina para o mal de Alzheimer pode ter sido encontrada. É o que afirmam cientistas espanhóis do Centro de Investigação Biomédica EuroEspes, liderados pelo médico Ramón Cacabelos, que disseram nesta quinta-feira (17/01) ter criado a primeira vacina preventiva e terapêutica eficaz contra o Alzheimer. A patente já foi obtida nos Estados Unidos para o futuro testes em seres humanos.
O médico espanhol Ramón Cacabelos conversa com a imprensa em Madri para anunciar a criação da EB-101 |
A aplicação da EB-101 foi bem sucedida em animais transgênicos portadores das principais mutações genéticas responsáveis pela doença em seres humanos. Nos estudos, os especialistas conseguiram evitar que os animais desenvolvessem a patologia ao longo da vida e que foram reduzidos de forma "espetacular" os traços patogênicos que caracterizam o Alzheimer. Segundo Cacabelos, agora basta esperar que os testes em humanos sejam aprovados para que a vacina se torne uma realidade em um prazo de seis a 10 anos.
As injeções da vacina - seriam necessárias várias doses em diferentes lotes - teriam um efeito triplo: a primeira produz uma resposta imunológica que elimina as placas de proteína beta-amiloide em caso de animais já doentes ou prevenia nos sãos; a segunda, que elimina casos de meningoencefalitis e a terceira, que não registra mais microhemorragias cerebrais.
De acordo com a equipe, com base nos experimentos feitos com ratos, a vacina poderia duplicar as esperanças de vida em pacientes con Alzheimer. Para os cientistas, porém, o fundamental é melhorar as condições e a dignidade dos pacientes que sofrem com a doença. Entre 25 e 30 milhões de pessoas têm Alzheimer no mundo.
No Opera Mundi
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