A Veja, o Globo, a Folha e o Estadão deram, na data de hoje, 01/11/2012, o pontapé inicial da campanha oposicionista para o pleito presidencial de 2014.
Golpisticamente repercutem matéria em que Marcos Valério teria prestado novo depoimento ao Ministério Público Federal no fim de setembro, onde teria citado o ex-presidente Lula e o ex-ministro Antonio Palocci.
O que querem, com isso, é a fomentação de algo maior que um golpe midiático. Querem ver sangue nas ruas.
Esse é o tipo de golpismo rasteiro que sempre fizeram, tipo uma erva daninha que plantam agora para tentar colher os frutos do veneno em 2014. Isso lembra mais ou menos o que ocorreu com julgamento político-judicial vergonhosamente levado a efeito pelo STF, já que é difícil acreditar que seus integrantes, em sua maioria, não participam dolosamente desse desenredo.
Estou realmente preocupado. Não porque a mídia possa ganhar eleições através de sua oposição virulenta: basta olhar o mapa das últimas eleições e veremos que os partidos da direita e da extrema-direita saíram claramente derrotados e, não fosse a própria cisão existente nas esquerdas, o “sapeca-iáiá” que a direita tomou teria sido ainda mais retumbante.
O que me preocupa é o abismo que a campanha que está começando a ser engendrada pela grande mídia, que usa dos jornais escritos e televisionados à teledramaturgia, possa cavar entre as camadas mais pobres e as mais ricas no Brasil, bem como a intensidade de ódio nessas diferenças, não as reais, mas aquelas ideologicamente manipuladas e distorcidas pela campanha midiática.
A Venezuela viveu isso. Em 2002 teve golpe com a participação dos EUA contra Chavez, que durou três dias, e os venezuelanos estiveram muitas vezes à beira da guerra civil provocada justamente pela mídia golpista que pertence ao capital e às oligarquias, e eles estão ensandecidos com a derrota acachapante nessas eleições aqui no Brasil, porque intimamente sabem, mas não confessam, que elas prenunciam que as esquerdas continuarão no poder após 2014, e mais fortalecidas.
Por isso, nada deve ficar sem resposta. Coisas como essas, não podem, receber nosso silêncio ou nossa omissão. Isso na verdade, é uma conspiração. Conspiração contra o povo, contra a Democracia e contra a República.
Temos que usar as redes e os movimentos sociais, assim como a militância de todos os partidos de esquerda que estejam comprometidos com o povo e com a democracia deve manter-se alerta e ativa.
Basta de golpes midiáticos no Brasil!
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