quarta-feira, 25 de abril de 2012

A grave conspiração Cachoeira-Demóstenes-Gilmar e "Veja" para derrubar Lula e salvar Dantas



Gilmar Mendes e Demóstenes Torres ( personagens exageradamente autoelogiantes nos supostos grampo e áudio que não existiram)

Cachoeira e Demóstenes


A trama Cachoeira-VEJA

COMO PREPARAR UMA CRISE INSTITUCIONAL 

“No dia 1º de setembro de 2008, três ministros do STF (Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto) foram até o Presidente Lula exigir, sem apresentar qualquer prova, "apuração e punição" no episódio da suposta conversa grampeada entre Mendes e o senador Demóstenes Torres. O país esteve à beira de grave crise institucional devido a uma conspiração envolvendo Demóstenes Torres-Carlinhos Cachoeira, a revista “Veja” e, direta ou indiretamente, o ministro Gilmar Mendes.

O artigo é de Luis Nassif.

No dia 1º de setembro de 2008, os Ministros Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto saíram da sede do STF (Supremo Tribunal Federal) atravessaram a Esplanada dos Ministérios e entraram no Palácio do Planalto para uma reunião com o Presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva.

Foi reunião tensa, a respeito da suposta conversa grampeada entre Gilmar e o senador Demóstenes Torres. Os três Ministros chegaram sem nenhuma prova concreta sobre a autoria ou mesmo a existência do tal grampo. Mas atribuíam-no, irresponsavelmente, à ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e exigiam de Lula providências concretas.

No auge da reunião, Gilmar blasonou: “Não queremos apenas apuração, mas punição”.

Bastaria Lula ter perdido a paciência e endurecido o jogo para criar uma crise institucional sem precedentes entre o Supremo e o Executivo. Sua habilidade afastou o risco concreto de crise institucional, à custa do sacrifício do diretor-geral da ABIN, delegado Paulo Lacerda, afastado enquanto durassem as investigações.

Tanto no Palácio como na Polícia Federal e no Ministério Público Federal, sabia-se que o grampo, se existia, não havia partido da ABIN nem da “Operação Satiagraha”, já que nenhum dos dois – Demóstenes e Gilmar – eram alvo de investigação.

Foi aberto um inquérito na PF que concluiu pela não existência de qualquer indício, por mínimo que fosse, de que o grampo tivesse existido.

O país esteve à beira da mais grave crise institucional pós-redemocratização devido a uma conspiração envolvendo Demóstenes Torres-Carlinhos Cachoeira, a revista “Veja” e, direta ou indiretamente, o Ministro Gilmar Mendes.

Pouco antes do episódio, o assessor da presidência, Gilberto Carvalho, foi procurado por repórteres da revista ["Veja"] com a "informação" de que ele também havia sido grampeado. Descreviam diálogos que teria tido com interlocutores.

A intenção era criar clima de terror, passar ao governo a impressão de que a ABIN e a “Satiagraha” haviam saído de controle e estavam espionando as próprias autoridades. E, com isso, obter a anulação da operação que ameaçava o banqueiro Daniel Dantas.

É bem possível que os tais diálogos de Gilberto tenham sido gravados pelo mesmo esquema “Veja-Cachoeira” que forjou um sem-número de dossiês, muitos deles obtidos de forma criminosa e destinados ou a vender revista [“Veja”], impor o medo nos adversários, ou a consolidar o império do crime do bicheiro.

Durante anos e anos, foi um festival de assassinatos de reputação, de jogadas pseudomoralistas, visando beneficiar o parceiro Cachoeira.

A revista tentou se justificar, comparando essas jogadas ao instituto da “delação premiada” – pelo qual promotores propõem redução de pena a criminosos dispostos a colaborar com a Justiça. No caso de Cachoeira, suas denúncias serviam, apenas, para desalojar inimigos e reforçar seu poder e o poder da revista.

Esses episódios mostram o poder devastador do crime, quando associado a veículos de grande penetração.

É um episódio grave demais, para ser varrido para baixo do tapete.”

FONTE: escrito pelo jornalista Luis Nassif em seu portal  [aqui] [Título e Imagens do Google adicionados por este blog ‘democracia&política’]

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