Jornal do Brasil
“Independentemente da crise, os países emergentes passaram a ser também protagonistas nas relações mundiais, e isso não mudará mais. A crise é parte desta mudança, assim como uma evidência clara de que ela aconteceu”, analisa.
Neste tempo, principalmente países como a Coreia e outros asiáticos já vinham desempenhando um papel importante nas relações econômicas, como produtores que ofereciam condições competitivas para as grandes multinacionais.
“As empresas norte-americanas, então, migraram para estes locais mais ‘periféricos’. Porém, o produto final voltava para os centros urbanos dos desenvolvidos, que eram os grandes consumidores”, afirma o economista.
A transferência dessas multinacionais para os emergentes determinou a entrada, principalmente da China, na cadeia econômica mundial. Com isso, a “periferia” também passou a consumir.
“E não foi só um consumo das famílias, mas uma demanda por investimento e capital também, um consumo geral”, relembra Sarti.
Com essa mudança, que, segundo o economista, condicionou uma nova dinâmica no mercado, as consequências da crise ainda são difíceis de prever.”
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