(Foto: Valter Campanato/ABr) |
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, resolveu estimular o turismo de seu país, que passa por uma grande crise econômica. De olho na classe média do Brasil, da China e Índia, o governo americano diz que vai simplificar e reduzir em 40% o tempo de concessão de vistos para turistas dos três países. A meta é entrevistar 80% dos candidatos em até três semanas após o pedido de visto. Outra ideia em teste é isentar viajantes brasileiros e chineses da entrevista para concessão do visto, desde que sejam classificados como de “baixo risco” pelo Departamento de Segurança, como em caso de pedido de renovação do documento.
Com as iniciativas de estímulo ao turismo, Obama espera movimentar a economia do país. O turismo representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e é responsável por 7,5 milhões de empregos nos Estados Unidos. Calcula-se a criação de 1 milhão de empregos na próxima década, se mais turistas estrangeiros escolherem os Estados Unidos como destino de viagem. “A cada ano, 10 milhões de turistas de todo o mundo visitam a América. Quanto mais pessoas visitam a América, mais norte-americanos voltam ao mercado de trabalho”, disse Obama.
Os chineses e brasileiros estão entre os turistas que mais gastam, de US$ 5 mil a US$ 6 mil por viagem. Em 2011, os consulados americanos emitiram 1 milhão de vistos na China e 800 mil no Brasil, crescimento de 34% e 42% respectivamente.
Visitei os Estados Unidos uma vez só, em 1995, quando estava no Estadão. Me mandaram para lá para escrever para o suplemento de turismo. Fiquei, com um grupo de jornalistas brasileiros e mexicanos, dez dias no Texas. A viagem foi pela American Airlines. No aeroporto, um funcionário da empresa perguntava aos viajantes, com um ar de extrema suspeita, se eles haviam, em algum momento, tirado as mãos de suas bagagens.
Pior foi na tal entrevista para o visto, no consulado em São Paulo, quando tive de preencher um formulário que foi uma das coisas mais absurdas e hilárias que já vi na vida: uma das perguntas era, simplesmente, se eu pertencia ou se já havia integrado alguma organização terrorista!
Foi a partir daí que me convenci que os americanos, apesar de tudo o que já havia lido, ouvido e visto na TV e no cinema, não se destacavam pela inteligência.
Desde aquele momento - e a história não me deixa mentir - o que era apenas uma convicção virou uma certeza.
Crônicas do Motta
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