sábado, 5 de janeiro de 2019

Ilegítimo, porém real

Ilegítimo, porém real...

por Chico Mello

Tudo é ilegítimo, mas, por outro lado tudo é sinistramente real.

Para fechar mais um capítulo do golpe que teve continuidade em 2016, a análise de Emir Sader resume, com propriedade, a farsa que terá como palco neste novo ano que se inicia a 'ilha da fantasia': Brasília.

O clima no país, hoje, sombrio, está dominado por milhões de 'bolsominios' que já se pode prever tornará a vida dos integrantes das chamadas minorias, muito difícil pois, 'bolsominios', como sabemos é uma massa ignara e ruminante e uma manada ruminante sem rumo é e sempre será um perigo...

Tudo é ilegítimo, mas, por outro lado tudo é real. Quando Emir fala em assalto, essa quadrilha que sai não nos parece muito diferente da que entra. Queiroz está aí para 'referendar' isso e como conhecemos as instituições ilibadas de que o país dispõe, já podemos antever que a atuação dele Queiroz não dará em nada pois, certamente, suas ações como tantas outras advindas de entes, indivíduos e entidades de direita sempre 'não virão ao caso'!

Acompanhe a seguir a análise de Emir Sader...

Não é uma posse, é uma apropriação indébita

Não poderia haver cerimonia sem legitimidade: Temer entregando o governo a Bolsonazi. Um, assaltou o poder por meio de um golpe. O outro, mediante as farsas prisão e condenação do Lula, da facada e das noticias falsas, com financiamento ilegal do empresariado. Tudo fake, tudo fajuto, tudo ilegal e ilegítimo.

Durante a ditadura o pais tinha sido acostumado a esse tipo de farsa: Auro de Moura Andrade dando posse a Castelo Branco. Castelo Branco dando posse a Costa e Silva. Costa e Silva dando posse a Geisel. Geisel dando posse a Figueiredo. Todos os empossados milicos, sem nenhum voto popular, que tinham assaltado o poder à forca de baioneta. Sarney, também sem voto popular, recebeu a presidência dos militares.

Só a partir daquele momento presidentes eleitos entregaram o governo a presidentes eleitos. Uma pratica rompida com o golpe de 2016, depois de 26 anos contínuos de democracia liberal. Tínhamos tido 19 anos de democracia, entre 1945 e 1964, seguidos por 21 anos de ditadura, entre 1964 e 1985, e 5 anos de governo não eleito pelo povo, entre 1985 e 1990. Desde 2016 o pais passou a ter governos não democráticos, que chegaram ao poder por meios ilegítimos, sem apoio popular.

O que se denominou chamar de posse do dia primeiro de janeiro, na verdade não será uma posse. Será uma apropriação indébita ilegítima, por meio de uma facada. E por meio de tantas outras arbitrariedades, que lhe tiram a legitimidade: o golpe contra a Dilma, o processo, a condenação e a proibição do Lula ser candidato sem nenhuma justificação jurídica, a fakefacada, as noticias falsas e seus robôs, o financiamento ilegal dos empresários para essas ilegalidades.

Alguém que se apropriou de maneira ilegal da presidência do Brasil, desmontou tudo o que de melhor tinha sido feito neste século no pais, contra a vontade da maioria dos brasileiros, entrega o cargo a outra pessoas que se apropria de maneira ilegal, indevida, do cargo. Para que os piores brasileiros protagonizem esse ato, é preciso que o melhor entre os brasileiros esteja ilegal e injustamente preso.

Não é uma posse, é uma apropriação indébita, ilegal, indevida, do cargo. Que, com razão, tem que ser boicotada, denunciada, escrachada, por todos os que prezam a democracia, que gostam do Brasil, que respeitam os direitos de todos, que valorizam a justiça e a solidariedade.

*Nota(s) do blog Frasista:
1 - O original de de Emir Sader encontra-se em brasil247.com.
2 – Imagens ilustrativas editadas/inseridas pelo blog Frasista.
3 - Em tempo: é essa gente da imagem abaixo que o povo brasileiro resolveu "alçar" ao poder...
...é mole?

http://frasistaneofito.blogspot.com/2018/12/ilegitimo-porem-real.html

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