segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O reformismo petista e o de Henrique Meirelles


Por um partido lulista, burguês e reformista!”. O autor deste título admite que se trata de uma provocação. “Mas não no sentido negativo e sim no positivo de provocar o debate sobre nosso projeto político para o Brasil”, afirma Washington Siqueira Quaquá.

Na condição de presidente estadual do PT-RJ, é importante prestar atenção ao artigo.

O tom inicial do documento é de autocrítica. Diz, por exemplo, que o PT nunca assumiu “uma briga frontal contra os meios de comunicação antinacionais e antipopulares, em especial a Rede Globo”.

Afirma, ainda, que “nossa tática depois de 1989 e, em especial, no ano da vitória em 2002, foi a da conciliação de classe sem construção de retaguardas.”

Admite que, sob os governo petistas, “uma geração inteira” mais formou “burocratas longe da luta social, do que forjou militantes da transformação social”. Palmas!

Mas eis que o texto saúda a “vinda do Renan” em apoio a Lula como:

Um passo à frente diante da hegemonia golpista. É o primeiro peso-pesado do establishment político que se desloca para o nosso campo. Abre caminho pra outros e também daqui há pouco para setores da elite econômica.

Seria a este tipo de reformismo que se referia o título do artigo? Haja provocação!

Enquanto isso, em 22/08, a Folha publicou entrevista com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Perguntado sobre as eleições de 2018, o presidente do Banco Central dos dois governos Lula afirmou: “Se me perguntar quem vai ganhar, acredito que uma mensagem reformista deve ganhar".

Quaquá e Meirelles falam de reformismos diferentes. Mas se depender do primeiro, o segundo é que está certo.

http://pilulas-diarias.blogspot.com.br/2017/09/o-reformismo-petista-e-o-de-henrique.html

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